Filtro de cabine garante qualidade do ar dentro do carro. Confira detalhes sobre o assunto
Os automóveis são projetos bem complexos, compostos por uma série de itens de segurança para a proteção de seus ocupantes. Porém, também existem alguns componentes que servem à saúde e ao bem-estar dos motoristas e passageiros, como é o caso do filtro de cabine.
Como você bem sabe, essa é a peça responsável pelo bloqueio das partículas nocivas à nossa respiração, sendo um item fundamental para a qualidade de vida de quem trafega em um veículo. Por isso, elaboramos este post especial sobre o tema, em que discutimos os principais detalhes relacionados à manutenção desse componente. Acompanhe!
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A localização do filtro de cabine
Logo aqui, temos o primeiro desafio no manuseio da peça. Isso acontece porque a localização do filtro não tem um padrão de mercado e, por conta disso, cada montadora define o melhor posicionamento do item dentro de seus projetos. Ainda assim, existem dois pontos comuns à instalação desse componente, em que você deverá fazer o acesso pelo interior do veículo, abrindo uma seção do painel, ou pela churrasqueira, aquela região gradeada entre o motor e o para-brisa.
Nesse último caso, o procedimento de manutenção acaba sendo mais fácil, bastando:
- desparafusar as placas plásticas da região;
- remover o filtro usado;
- retirar a sujeira residual com um aspirador de pó;
- instalar o novo filtro.
Já nos veículos com filtro dentro do painel, a situação pode ser mais complicada, exigindo atenção e cuidado extra na desmontagem das peças para evitar barulhos por falta de ajuste. Como a localização varia de um projeto ao outro, não adianta nem contar com um padrão em carros de uma mesma montadora.
Como exemplo, podemos lembrar da Chevrolet, que entre o Corsa e a Spin adotou dois padrões diferentes — posicionando o filtro na churrasqueira do primeiro e atrás do porta-luvas no segundo. Por isso, é fundamental que você realize uma breve consulta ao manual do modelo, identificando a posição da peça, sem perder tempo examinando cada canto da carroceria.
Para efeito de comparação, dê uma olhada em todas as etapas necessárias para a substituição da mesma peça na minivan da GM:
- acessar o porta-luvas e remover a lâmpada do compartimento, desconectando seu interruptor;
- retirar todo o compartimento do porta-luvas, puxando-o para fora, com muita atenção para evitar danos ao cabo da lâmpada;
- remover a placa de proteção ao filtro;
- retirar o filtro gasto;
- inserir o filtro novo, observando a orientação do ar, com a parte mais clara voltada para cima;
- recolocar a tampa de proteção e o compartimento do porta-luvas;
- conectar a lâmpada e encaixá-la à parede do compartimento.
A importância da manutenção dessa peça
É justamente nessa parte que você, profissional mecânico, deverá demonstrar o seu comprometimento com o cliente. A realidade é que essa peça isolada não é capaz de interferir no desempenho do carro, independentemente de seu estado de conservação. Por conta disso, é muito difícil que os proprietários percebam a necessidade da troca.
Nesse momento, é preciso conscientizar o consumidor, explicando o objetivo da peça — que, como você sabe, é bloquear todo tipo de microrganismos e partículas prejudiciais à nossa saúde, e que a qualidade do ar da cabine depende diretamente da condição dessa peça. Por isso, sempre é bom trazer à tona a saúde do cliente em jogo, bem como a dos demais ocupantes do veículo, que podem desenvolver problemas respiratórios por conta de um filtro saturado.
Também é importante conversar com o cliente sobre os fatores que levam essa peça ao desgaste prematuro. Basicamente, todos os ambientes carregados de partículas tendem a acelerar o desgaste, o que pode ser comprovado em trajetos como estradas de terra (poeira), regiões litorâneas (areia), setores industriais (carbono), entre outros.
Em função dessas impurezas, é possível que a durabilidade do filtro caia drasticamente. O padrão do mercado recomenda a troca da peça a cada 15 mil quilômetros rodados. Porém, é fundamental verificar esse item em períodos menores caso o cliente circule nos ambientes mais carregados de partículas.
Em uma revisão periódica, pode ser que o cliente fique resistente à troca inesperada — e é nesse momento que você deve mostrar pra ele o motivo da sua sugestão. Uma boa dica é retirar o filtro e comparar visualmente o estado da peça gasta com a nova. Se mesmo assim não for suficiente, outra solução é pegar uma folha em branco, colocá-la embaixo da peça e bater gentilmente sobre esse componente, fazendo despencar todo o pó cinza de seu interior.
O principal equívoco no tema
É também nesse ponto que alguns clientes tentam sugerir uma ideia mirabolante e equivocada: limpar e reutilizar o filtro. Nesse caso, é importante explicar a ele que o material utilizado na fabricação da peça não permite a lavagem e a reutilização, como se fosse uma esponja.
Quando o filtro fica saturado, ele já passou por toda a sua capacidade máxima de absorção. Além disso, lavar, aspirar e bater a peça na parede, como se fosse um tapete, não vai adiantar para nada além de danificar a estrutura do componente, que é fabricado por folhas bastante sensíveis.
Por conta disso, qualquer manuseio bruto será suficiente para espaçar as lâminas do filtro, prejudicando sua missão inicial. Sendo assim, seja conclusivo com o consumidor: a peça é sensível, não pode ser reutilizada e é fundamental para a saúde dele e de sua família.
No fim das contas, o maior obstáculo relacionado a essa peça está mais na conscientização do cliente do que no procedimento de substituição, que se torna simples após descobrir a localização do item no veículo. Além disso, vale frisar um último argumento para a conquista do cliente: o preço. Filtros de ar são peças baratas, principalmente quando comparamos todas as condições médicas que ela evita ao condutor.
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