Enfrentou enchente? Veja o que fazer com seu carro após essa situação

Como todos sabemos, o Brasil conta com condições climáticas favoráveis aos temporais de verão. Além disso, ainda precisamos somar a esses episódios a baixa qualidade das infraestruturas urbanas, que muitas vezes são insuficientes no escoamento da água.
Mas afinal de contas, o seu carro já sofreu com os danos de uma enchente? Pelo sim ou pelo não, uma coisa é certa: você precisa estar preparado para proteger o seu patrimônio caso isso aconteça. Sendo assim, acomode-se na poltrona e aprenda mais sobre o tema!
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As causas de enchentes
No geral, entendemos que as enchentes acontecem por três fatores: a irresponsabilidade civil, o mal-planejamento urbano e a infraestrutura inadequada. Entenda!
Irresponsabilidade civil
Embora seja uma prática condenada pela sociedade, muitas pessoas continuam jogando lixo nas ruas. O acúmulo desse conteúdo acaba entupindo os bueiros, que não conseguem escoar a água com a eficiência necessária para evitar as enchentes.
Planejamento urbano
Com orçamentos apertados, muitas cidades ficam sujeitas a decisões pouco eficientes de seus representantes. Inclusive, fazemos uma analogia ao que acontece com os nossos veículos, em que as manutenções:
- preventivas são mais baratas e protetivas, mas ocorrem apenas na antecedência de um problema;
- corretivas são mais caras, mas agem sobre um problema que já aconteceu.
E é exatamente isso que ocorre nos planejamentos irresponsáveis. Evita-se o investimento em prevenção e, por outro lado, recursos são desperdiçados nas soluções corretivas.
Infraestrutura incompatível
As medidas preventivas servem justamente para atualizar as condições de uma cidade ao enfrentar o volume das chuvas. Assim, bueiros obsoletos e canalizações pouco fluídas são responsáveis pelo acúmulo das correntes.
É com a soma desses três fatores que entendemos que as metrópoles são os principais alvos das enchentes. Afinal:
- populações gigantescas acabam gerando mais negligência;
- muitas cidades lidam com poucos recursos por km²;
- com poucos recursos, os municípios sofrem com a priorização de reparos, em vez dos investimentos preventivos.
As providências com o seu carro após esse episódio
Aqui, temos uma notícia boa e outra nem tanto: apesar do fato de que o seu carro poderá ser reparado, mesmo com prejuízos graves, os custos desses procedimentos podem fazer você abandonar a ideia de recuperar o seu veículo.
Então, acompanhe nossas orientações para se preparar para esse momento!
O deslocamento até a oficina
Digamos que você desceu do prédio e se deparou com a avenida alagada — e seu carro no meio dessa enchente. Já nesse momento, você precisa aceitar a ideia de chamar um guincho para deslocar o veículo até uma oficina mecânica.
Afinal, você não tem a mínima ideia da proporção dos danos. Girar a chave na ignição, iniciando tanto o motor quanto seus módulos elétricos, poderá causar uma pane, aumentando os prejuízos. Portanto, esqueça a ideia de ligar o veículo!
Se tiver seguro, ligue para o suporte e solicite um guincho em sua localização. Caso não, pesquise por algum prestador desse serviço na sua região, solicitando atendimento o mais rápido possível.
O tamanho do problema
Já na segurança do pátio da oficina, o profissional ficará responsável por identificar a extensão dos danos. Seja qual for o problema, haverá uma solução. Mas é importante que você se atenha ao custo dessa resolução nos casos mais graves.
Inclusive, caso o veículo esteja segurado, certifique-se de que ele também está coberto contra fenômenos naturais — assim, você poderá contar com o amparo da seguradora na quitação dos reparos. Apenas lembre-se de manter contato com seguradora e pedir para que o conserto seja autorizado, evitando transtornos mais tarde.
De maneira geral, o problema se estenderá por quatro dimensões: contaminação, estética, mecânica e elétrica. Veja só!
Contaminação
Esse é o cenário em que o carro foi invadido pela água no interior da cabine, com bancos, painéis das portas e tecidos completamente encharcados. Apesar de ser uma cena catastrófica, esse é o problema com a resolução mais acessível, bastando realizar a substituição do feltro no assoalho e a higienização total do veículo.
Esse procedimento é contratado em empresas especializadas, que removem os tapetes, bancos, estofamentos, painéis e demais peças internas, para higienizar cada uma delas e montá-las novamente.
Esse serviço dura aproximadamente 8 horas. Perceba que você não pode ignorar esse procedimento, pois ele é fundamental na eliminação de todos os micro-organismos nocivos à saúde dos ocupantes.
Estética
Nesse caso, existem danos à lataria e/ou à pintura. Quando o prejuízo é superficial, apenas pelo contato da água lamacenta com a carroceria, bastará uma limpeza, seguida da aplicação de produtos que protejam a pintura da ferrugem.
Mas existem os danos profundos, como aqueles causados por pedregulhos que se chocaram contra a lataria durante a correnteza. Por isso, os custos de reparo podem variar, exigindo de um simples retoque na pintura até o serviço completo de funilaria.
Mecânica
Aqui, os problemas são um pouco mais complicados. Você se lembra da advertência para não ligar o carro submerso? Pois bem, essa prática ocasiona o calço hidráulico, que ocorre no momento que a água da enchente acessa os cilindros do motor. Quando você gira a chave, o motor não conseguirá desenvolver o potencial explosivo da partida, por conta do desequilíbrio de água e combustível.
Com isso, o pistão não executa o percurso completo, causando o travamento da biela — que, nesse momento, poderá tanto empenar quanto quebrar de vez. A insistência em fazer o carro pegar pode acabar custando um motor inteiro, com o risco de danificar o seu bloco, ocasionando a perda total.
Para além disso, lembramos a importância em substituir o fluido do câmbio quando você estiver com o carro na oficina. Perceba que se a água invadir esse reservatório, a mistura inadequada com o óleo causará danos aos componentes de transmissão em curtíssimo prazo.
Elétrica
Considera-se a perda total do veículo quando o nível de água ultrapassa a linha do painel de instrumentos. Mesmo com o escoamento completo, partes fundamentais e sensíveis da elétrica estão umedecidas, e assim, sujeitas à oxidação e pane geral.
Por isso, sempre evite a tentação de atravessar uma via alagada, mesmo que esteja com muita pressa. Os prejuízos podem ser grandes e a dor de cabeça com os reparos é bem maior que um possível atraso, certo?
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