Carros autônomos: entenda como eles funcionam!
Um tema que tem sido bastante discutido nos últimos anos são os carros autônomos — principalmente os das gigantes Google e Uber, que planejam mudar a forma como nos locomovemos nas grandes cidades. Mas, afinal, o que são esses veículos e será que eles não são apenas uma fantasia?
Neste texto, você vai conhecer os carros autônomos, ver algumas das tecnologias empregadas nesses modelos, qual o futuro deles e muito mais!
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O que são os carros autônomos?
Imagine entrar em um veículo, falar o seu destino e aproveitar o passeio enquanto o automóvel se conduz sozinho e leva você ao local escolhido? Seria incrível, não? Esses são os carros autônomos. Eles têm a capacidade de circular pelas ruas com pouquíssima ou nenhuma interação humana.
Embora isso pareça algo distante e até mesmo futurista, já existem vários modelos em testes e é questão de tempo para que eles se tornem uma realidade. Carros autônomos nível dois e três — que trazem tecnologias capazes de auxiliar o motorista e até mesmo evitar colisões automaticamente — já estão circulando pelas ruas, como é o caso do Volvo XC90 e do Audi A8.
Porém, os modelos mais aguardados são os de nível cinco, que dispensam até mesmo o volante e são totalmente independentes na condução. Já pensou em comprar um carro e não ter que se preocupar com itens como o tipo de direção? A tecnologia está avançando rápido e logo isso será possível.
Quais são as tecnologias envolvidas nesses veículos?
Você tem uma ideia de como esses veículos conseguem se conduzir sozinhos e que tecnologias fazem com que isso seja possível? Algumas delas são velhas conhecidas que melhoraram com o passar do tempo, como o GPS e o sonar, que utiliza sons muito baixos para detectar objetos.
Sabe o sensor de estacionamento que apita quando seu carro está próximo de outro? É o sonar avisando. Porém, um automóvel totalmente autônomo precisa de muito mais. Esses veículos trazem tecnologias como o LIDAR — que utiliza feixes luminosos para criar uma imagem em 360° — e câmeras infravermelhas, capazes de detectar obstáculos mesmo quando não há iluminação.
Contudo, a tecnologia fundamental para que esses veículos funcionem corretamente é a Inteligência Artificial. Eles são capazes de aprender — isso mesmo! — conforme circulam pelas ruas, mais ou menos da mesma forma que os humanos fazem. O legal é que esses dados são transmitidos a outros carros, de forma que todos aprendam ao mesmo tempo e evitem situações de risco.
Todos os dados dos sensores do carro e o aprendizado adquirido pela Inteligência Artificial são analisados em tempo real. Dessa forma, a melhor ação é tomada, como desviar de um pedestre, acelerar, frear, estacionar e até mesmo evitar buracos no asfalto.
Como eles surgiram e por quê?
Nesse momento, você deve estar imaginando: legal, mas para que tudo isso se eu gosto de dirigir? É verdade! Para os amantes de veículos, pensar em deixar de conduzir pode soar estranho, mas o cenário muda rapidamente quando analisamos o principal objetivo para essa tecnologia.
O foco dos carros autônomos é a redução de acidentes e a melhor fluidez do trânsito. Muitos dos problemas nas ruas e estradas são causados por imprudência do motorista e, se os veículos andassem sozinhos, isso poderia ser evitado. Toda essa ideia começou em 2004, quando o Departamento de Defesa dos Estados Unidos reuniu as mais brilhantes mentes e lançou um desafio com um prêmio de US$ 1 milhão de dólares.
Eles deveriam criar veículos que percorressem 241 quilômetros em um circuito cheio de obstáculos sem nenhuma intervenção humana, mas ninguém conseguiu. Em 2005, com o prêmio subindo para US$ 2 milhões, cinco equipes finalmente concluíram o desafio, que agora tinha 212 quilômetros e mais dificuldades. A partir desse momento, gigantes como a Google passaram a enxergar o potencial da ideia e investir nisso.
Essas empresas perceberam que os carros autônomos poderiam resolver um grande problema no trânsito das grandes metrópoles: os congestionamentos. Por meio da conectividade, esses automóveis podem “conversar” entre si, analisar as melhores rotas, evitar acidentes e extinguir a dependência dos incômodos semáforos.
O que ainda precisamos evoluir?
Mas nem tudo são flores, não é verdade? Embora os carros autônomos estejam cada vez mais próximos de circular pelas ruas, eles ainda trazem alguns desafios e precisam evoluir em alguns quesitos. Ironicamente, eles ainda não são tão seguros, o que vai contra o foco principal desses modelos.
Tomadas de decisões mais rápidas e avanços no monitoramento do ambiente ainda são grandes obstáculos, principalmente após o acidente ocorrido em 18 de março de 2018, nos Estados Unidos. Um Volvo XC90 autônomo da empresa Uber não detectou a presença de uma pedestre e a atropelou.
Isso levantou uma série de dúvidas sobre o futuro dos carros autônomos e fez com que muitos desses veículos fossem retirados das ruas para análise do que poderia estar errado. Nesse caso, a pedestre não atravessou na faixa de segurança, o que não era previsto pela Inteligência Artificial do XC90.
Pode parecer algo simples, mas quando paramos para pensar, esses carros são computadores sobre rodas e seguem regras específicas. Quando uma delas é quebrada, eles não sabem como se comportar e isso acaba causando problemas. Com uma Inteligência Artificial mais apurada e avançada, tais acidentes podem ser evitados — e isso é um grande desafio.
Como será o futuro dos carros autônomos?
Esse acidente não invalidou a ideia de que os carros autônomos podem ser seguros e fazer do trânsito um lugar melhor. Empresas como BMW, Mercedes, Volkswagen e muitas outras estão investindo pesado nesses veículos e prometem versões totalmente funcionais nos próximos anos.
Mas uma coisa é certa: os carros autônomos ainda vão mudar bastante e modificar até mesmo o mercado automotivo. Atualmente, eles são híbridos ou elétricos, mas a tendência é que combustíveis alternativos — como o hidrogênio — comecem a ganhar espaço.
No que diz respeito à manutenção, muita coisa também tende a mudar. Esses veículos serão capazes de detectar problemas antes que eles ocorram e de se encaminharem automaticamente a uma oficina especializada. Sabe aquelas quebras inesperadas? Elas não farão parte do futuro.
E no Brasil, quando eles chegam?
Bom, agora que você já conhece os carros autônomos e está empolgado com a ideia, deve estar se perguntando: quando eles chegam ao Brasil? Infelizmente, ainda vai demorar. Embora já tenhamos alguns modelos de nível dois e três no mercado, a infraestrutura ruim tende a atrasar as versões 100% independentes.
Além disso, o custo desses carros pode ser um grande obstáculo, uma vez que toda essa tecnologia não sai barata. Cabe a nós esperarmos e acompanhar as novidades que as feiras automotivas trazem todos os anos. Quem sabe os especialistas não erraram e esses automóveis cheguem por aqui um pouco mais cedo?
O fato é: carros autônomos tendem a ser o futuro e, como você viu, o papel deles é fazer do trânsito um lugar menos estressante e muito mais seguro, tanto para os ocupantes quanto para os pedestres. Essa é uma onda que não pode ser parada e trará muitos benefícios para as grandes cidades.
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