Guia completo: conheça os 4 principais tipos de direção veicular
Há alguns anos, ao comprar um carro, os principais itens que tinham de ser considerados eram a cor, potência e espaço. Hoje, muita coisa mudou, e a tecnologia tomou conta dos veículos — quem iria imaginar que em algum momento existiriam 4 tipos de direção veicular?
Ao longo deste texto, você vai conhecer mais a fundo os principais tipos de direção, como esses sistemas funcionam, suas características, vantagens, desvantagens, quando fazer a manutenção e muito mais! Venha com a gente!
Quais são os 4 tipos de direção veicular?
Embora direção mecânica, hidráulica e elétrica já sejam conceitos bastante conhecidos popularmente, muitas pessoas não sabem como eles, de fato, funcionam — e, aqui, estamos falando do básico. Mas ter essa informação é uma ajuda e tanto, principalmente para detectar problemas quando ainda em estágio inicial. Veja só!
1. Mecânica
Esse modelo era comum nos automóveis antigos e ainda se faz presente na maioria dos carros populares hoje. A direção totalmente mecânica não conta com nenhum tipo de assistência e depende da força dos braços dos condutores — e sabemos que, em alguns casos, haja força naquela manobra para colocar o veículo em uma vaga mais apertada, não é mesmo?
O sistema é bem simples e constituído basicamente por:
- coluna;
- árvore;
- caixa de direção;
- barra;
- braços de direção.
De forma simplificada, podemos dizer que, ao virar o volante, o movimento é transferido à caixa de direção por meio da coluna. A rotação é, então, convertida e passada para os braços que, por sua vez, controlam o posicionamento das rodas. Uma das vantagens desse sistema é que, por ser mais simples, ele tem um custo bem menor em relação aos outros, tanto no que diz respeito às peças em si quanto à mão de obra no caso de um reparo.
Além disso, ele é bem robusto, não costuma apresentar grandes problemas — quando acontecem, é relativamente mais fácil detectá-los e resolvê-los, principalmente quando são na caixa de direção. Porém, quem já teve de fazer manobras em um veículo com direção mecânica sabe bem que ela não é nada confortável.
2. Hidráulica
Presente no Brasil desde o lançamento do Ford Galaxie nacional, em 1967, a direção com assistência hidráulica já equipava modelos como o Chrysler Imperial desde 1951 e logo se tornou motivo de muitos elogios. A principal função desse modelo era reduzir o esforço que o motorista fazia ao girar o volante, o que agradou bastante o público apaixonado pelo setor automotivo, principalmente considerando o tamanho e peso dos carros da época.
Diferentemente do modelo mecânico, a direção hidráulica usa alguns elementos para tornar a condução mais leve, dando aquela forcinha ao motorista. Além dos itens citados na direção mecânica, os principais componentes desse sistema são:
- bomba hidráulica;
- fluido;
- válvula de rotação;
- tubulações;
- reservatório.
O seu funcionamento é bem simples. Ao ligar o motor, a bomba hidráulica é acionada por meio de correias e polias, pressurizando o fluido. Uma vez que isso acontece, ele é enviado à válvula de rotação, que distribui esse material a pistões, responsáveis por auxiliar no movimento das rodas. Com isso, chegamos à grande vantagem desse sistema: a sua maciez ao dirigir.
Comparado à versão mecânica, a direção hidráulica é bem mais leve e, nas manobras, isso fica muito evidente. Uma das desvantagens desse sistema é o fato de ele consumir recursos do motor para girar o compressor, o que pode aumentar o consumo de combustível e reduzir um pouco a potência do automóvel, principalmente em modelos mais modestos. Vazamentos de fluidos também podem ser um problema conforme o carro vai envelhecendo.
3. Elétrica
Como a direção hidráulica não era perfeita, surgiu a necessidade de corrigir alguns de seus problemas. Em 1988, o modelo elétrico foi usado pela primeira vez no Suzuki Cervo. Atualmente, ele vem se popularizado bastante e equipa boa quantidade de veículos nacionais.
Diferentemente da versão hidráulica, não é preciso nenhum tipo de fluido ou bomba para auxiliar no movimento das rodas. Em geral, esse sistema utiliza uma série de sensores que detectam o posicionamento do volante e das rodas, bem como força e velocidade aplicadas.
Esses dados são enviados a uma central eletrônica que, após interpretá-los, comanda um motor elétrico acoplado à coluna de direção. Dessa forma, todo o esforço para girar as rodas é feito por ele, o que garante muito mais conforto nas manobras. Esse sistema traz apenas uma desvantagem marcante: o seu custo, que tende a ser bem salgado em relação aos outros.
4. Eletro-hidráulica
A eletro-hidráulica, outro conceito de direção que mescla o melhor de dois mundos para trazer ainda mais conforto ao motorista. Ela funciona de forma bem semelhante à versão totalmente hidráulica, mas traz algumas melhorias, tanto no desempenho quanto no custo.
Lembra que, na versão hidráulica, o motor do carro é que tinha de atuar a bomba para pressurizar o fluido? No modelo mais avançado, isso é feito por um motor elétrico totalmente independente, o que resolve alguns problemas — ainda que não todos. Embora seja mais cara quando comparada às versões mecânicas ou totalmente hidráulicas, se analisarmos sua parte elétrica, existe uma redução no preço de peças e mão de obra.
Quando a manutenção tem de ser feita?
Em relação à manutenção, a que menos apresenta problemas é a versão mecânica, principalmente quando a caixa é tipo pinhão e cremalheira — que atualmente é uma das mais usadas. Fique atento a sinais como trepidação e folgas no volante, realizando inspeções periódicas conforme o prazo estipulado pelo manual do fabricante. A recomendação é a mesma para a versão hidráulica, mas com alguns detalhes extras.
Fique atento em relação a vazamentos e alterações no volante. Quanto ao fluido, faça a troca a cada 50 mil quilômetros rodados e preste atenção ao nível do reservatório. Se estiver baixando muito, procure ajuda do seu mecânico de confiança e não complete — por não ser uma condição normal, pode haver algum defeito. Os modelos elétricos e eletro-hidráulicos também não costumam dar problemas e, nesse sentido, é preciso ficar de olho nos sensores.
Vale reforçar que, sempre que você tiver qualquer dúvida sobre um desses sistemas, procure informações no manual do proprietário. É o documento que traz dados importantes quanto ao período de troca e revisões, quais cuidados tomar e, principalmente, o que fazer para prolongar a vida útil dos componentes.
Independentemente da quilometragem rodada ou do tipo de direção, para garantir a máxima segurança ao dirigir, é fundamental realizar inspeções periódicas de forma preventiva. Somente com ela você consegue antecipar problemas e detectá-los o quanto antes — o que pode fazer a diferença no bolso, além de evitar acidentes.
Como você viu, existem vários tipos de direção e todos trazem vantagens e desvantagens. Escolha o modelo mais adequado ao seu dia a dia e dirija com conforto. Ah! E se precisar fazer um reparo, procure por um serviço mecânico de qualidade, combinado?
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