Controle eletrônico de estabilidade: mais uma novidade nas oficinas
Você sabia que o controle eletrônico de estabilidade começou a ser obrigatório no Brasil desde o início do ano passado? Por enquanto, a exigência é apenas para os projetos inéditos, como o Chevrolet Tracker, Fiat Strada, Peugeot 208 e Volkswagen Nivus. Mas, a partir de 2024, estará em todos os veículos novos.
Uma parte da tecnologia é bem conhecida pelos mecânicos: o sistema usa os mesmos sensores e válvulas dos freios ABS. Mas a eletrônica é complexa e pode envolver até o acelerador e a direção. Para fazer os reparos, é preciso estar bem treinado e ter os equipamentos certos para localizar os defeitos.
Como essa inovação funciona?
Dependendo da marca, você encontrará vários nomes diferentes para esse recurso, como ESP (Electronic Stability Program), VSA (Vehicle Stability Assist), DSC (Dynamic Stability Control), VSE (Vehicle Stability Enhancement), entre outros. O importante é que o funcionamento quase não muda.
Para o motorista, o ESP faz muita diferença e pode evitar acidentes graves. Garante o controle do veículo mesmo em situações extremas, como curvas acentuadas em alta velocidade, mudanças bruscas de direção ou pistas escorregadias. Quando necessário, atua nos freios, acelerador e direção.
Por essa razão, a responsabilidade é enorme na hora de realizar qualquer conserto. Muitas vezes, o controle de estabilidade até parece que ficou bom, mas pode acabar falhando numa emergência. É preciso seguir os manuais técnicos, fazer um bom diagnóstico e usar peças de qualidade.
O controle de tração é parecido?
Apesar de também usar os sensores e válvulas solenoides do ABS, além de interferir na aceleração, a função desse dispositivo é diferente. Quando detecta que uma roda da tração está patinando, atua na injeção eletrônica para reduzir a potência do motor e aciona o freio rapidamente, até resolver o problema.
O controle de tração é muito útil quando o motorista precisa partir do meio de uma rampa escorregadia (como numa saída de farol), para manter o controle do veículo na estrada durante uma tempestade, ao contornar curvas com baixa aderência em velocidades mais elevadas, entre outras situações.
Ficou na dúvida se tem o ESP?
Nos carros e comerciais leves fabricados no Brasil, o controle eletrônico de estabilidade ainda é um equipamento raro, principalmente entre os seminovos e modelos um pouco mais velhos. Os importados geralmente contam com o dispositivo, que é obrigatório há muito tempo em vários países.
Para tirar a dúvida, primeiro veja se existe no painel um botão com o desenho de um carro derrapando, usado para ligar e desligar o sistema. Mas alguns automóveis enganam, como o primeiro Mercedes-Benz Classe A, que usa o ESP e não tem a tecla. O melhor é sempre consultar o manual.
Como manter tudo em ordem?
Como o ESP (e também o controle de tração) são recursos que aumentam a segurança do veículo, é importante fazer revisões preventivas e deixar tudo em ordem. Comece avaliando o estado e a fixação dos sensores, além dos seus conectores e o chicote. Depois faça uma checagem com o scanner.
Também é importante conversar com o cliente e orientá-lo para não ignorar as luzes ou mensagens de alerta no painel. Sempre que o veículo indicar alguma falha, o ideal é procurar a oficina o quanto antes. O correto também é manter os sistemas sempre ativos, mesmo quando existem os botões para desligar.
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