Entenda como serão as inspeções itinerantes dos Detrans
Você já ouviu falar das inspeções itinerantes do DETRAN e como elas vão atuar? Com a suspensão por tempo indeterminado das vistorias obrigatórias ao licenciar os veículos, essa foi uma maneira que os órgãos regulamentadores encontraram de tirar das ruas automóveis que não tenham a mínima condição de circular.
Ao longo deste texto, você vai ver o que são essas inspeções, como elas vão acontecer, o que será verificado e muito mais!
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O que são as inspeções itinerantes do DETRAN e quando elas vão acontecer?
As inspeções itinerantes do DETRAN nada mais são que uma espécie de blitz policial em que, além de verificar o estado do condutor e a documentação, também analisam as condições do veículo de forma mais aprofundada. Até o momento, o único estado que definiu datas e diretrizes para as inspeções itinerantes foi o Rio de Janeiro.
Programadas para começar em janeiro de 2019, as inspeções entraram em vigor em abril, com um pequeno atraso. Batizadas como Operação DETRAN Seguro, elas têm como objetivo reduzir o número de acidentes e retirar veículos irregulares, em más condições ou roubados das ruas.
Cada órgão regulamentador define como e quando elas vão acontecer. Porém, espera-se algo nos mesmos moldes do Rio de Janeiro em outros estados.
Como elas vão acontecer e o que será verificado?
Em todo o estado do Rio de Janeiro, essas medidas já estão valendo desde o mês de abril. São realizadas 3 blitzes por dia, sempre mudando de local. Para você ter uma ideia, só no primeiro dia da operação, mais de 45 veículos foram multados por causa de irregularidades — em sua maioria, devido ao atraso no licenciamento.
A Operação DETRAN Seguro é identificada por um balão com a inscrição do programa e barracas em que serão feitas as vistorias. Oito agentes de trânsito devidamente uniformizados são responsáveis por analisar os carros e, em alguns casos, eles podem receber auxílio da polícia militar e da guarda municipal.
Quando presentes, os agentes da polícia, além de auxiliarem na organização do trânsito, podem gerar multas ao identificar qualquer irregularidade (como mexer no celular ao volante) — esteja o carro passando pela inspeção ou não. Serão verificados vários itens, dada atenção especial aos que oferecem riscos ao condutor e pedestres.
Vamos ver o que pode ser vistoriado?
Vidros, buzina e espelhos retrovisores
Os primeiros itens da nossa lista são os vidros, que não podem ter nenhum tipo de fissura ou trinca. Além disso, os mecanismos de acionamento devem estar em perfeitas condições. Se você tem película escura no carro, também é bom ficar atento e verificar se ela atende à legislação de trânsito.
A buzina é outro item que também precisa estar funcionando de acordo com a legislação. Sabe aquelas que fazem som de animais, trazem frases ou imitam sirenes? Pois é, elas são irregulares e podem render três pontos a menos na carteira. O estado de conservação dos espelhos retrovisores também será verificado — afinal, eles devem garantir que o motorista tenha um bom campo de visão.
Placas, identificação e chassi
Para reduzir a incidência de roubos e aumentar a recuperação dos veículos, serão fiscalizados itens de identificação do carro. Nas placas, itens como os lacres, o estado de fixação delas ao veículo e as condições de leitura das informações entram no checklist.
Além das placas, os números do chassi e do motor serão comparados com os dados registrados no DETRAN e com as inscrições nos vidros do automóvel. Por isso, é fundamental que essas informações estejam bem legíveis. Falhas estruturais e sinais de corrosão acentuada também serão analisados.
Lataria e pneus
O excesso de ferrugem pode ser um problema para muitos motoristas. Sabe aqueles carros “desmontando” que andam por aí? A ideia é justamente retirá-los das ruas, uma vez que eles representam um grande risco.
Os pneus também passarão por uma inspeção mais rigorosa, em que será verificado não somente o seu estado, mas se eles são corretos para tal tipo de veículo. A fixação e o tamanho das rodas, quando não estiverem de acordo com as especificações da montadora, podem ser motivo de reprovação.
Não sabe como escolher o pneu certo para o seu carro e não quer correr esse risco? Então, leia quanto antes o nosso post que fala exatamente sobre esse assunto e tire todas as suas dúvidas!
Itens de emergência, cinto de segurança e interior
Embora o extintor de incêndio não seja mais obrigatório nos carros, alguns itens ainda são — e eles serão verificados. É o caso do triângulo sinalizador, muito importante durante uma pane, especialmente se o motorista estiver em uma estrada. O estepe e a chave de rodas também devem estar presentes.
Quanto ao cinto de segurança, ele deve estar em bom estado de conservação e bem-fixado ao veículo. Mesmo que não exista um prazo de validade e uma recomendação de quando a troca precisa ser feita, é bom ficar de olho. Bancos soltos, painel com peças quebradas ou qualquer avaria no interior que represente um perigo também não serão aceitos.
Sistema elétrico e de iluminação
Causadores de muitas panes e acidentes, os sistemas elétricos e de iluminação também terão uma atenção especial. Setas, faróis, luz de freio e de ré devem funcionar perfeitamente. Além disso, veículos que mantém a luz de ré acesa quando em movimento para frente não serão aceitos.
Também será feita uma inspeção na fiação do veículo, verificando o seu estado de conservação e o alojamento adequado. Tome muito cuidado com alarmes instalados por um profissional que não seja de sua confiança, pois serviços malfeitos podem resultar na reprovação. Em ambos os casos, uma boa manutenção preventiva pode evitar problemas.
Quem está sujeito à inspeção e o que acontece se o carro não for aprovado?
Vale ressaltar que nem todos estarão sujeitos a essa inspeção. Veículos novos e com até três anos desde o primeiro licenciamento, por exemplo, estão isentos. Mas tenha em mente que o fato de o carro não precisar da vistoria não impede que o motorista seja parado, combinado? Afinal, também vão existir os testes com o bafômetro e a verificação de documentos.
Se o carro for reprovado na inspeção em um primeiro momento, existem três cenários possíveis:
- liberação do veículo — caso o problema possa ser resolvido facilmente no local;
- liberação e apreensão do Certificado de Licenciamento Anual — se o problema não puder ser resolvido, mas não representar nenhum risco;
- apreensão do carro — somente quando houver risco de circulação, a exemplo de vidros trincados e pneus carecas.
Caso o documento do veículo seja recolhido, você receberá um comprovante indicando que o carro não passou na inspeção. Após isso, o problema terá de ser resolvido em um período de três a sete dias e, novamente, será feita uma inspeção para avaliar se tudo está como foi pedido.
Caso o veículo seja parado em uma nova blitz do DETRAN e ainda apresente os problemas relatados anteriormente, será rebocado. Além disso, o motorista vai terminar o dia com uma bela multa e uma restrição administrativa.
Mito ou verdade: serão usadas câmeras especiais?
Lembra-se quando falamos que uma importante ferramenta seria usada para reduzir o roubo de veículos? As inspeções itinerantes do DETRAN contam com câmeras inteligentes, que fazem a leitura da placa do carro automaticamente, comparam os dados com os registros de uma central e informam imediatamente caso existam restrições.
Com isso, espera-se um aumento no número de carros recuperados, bem como a redução desse tipo de delito. Além disso, todos os agentes terão uma câmera individual para gravar as suas ações, tornando a fiscalização transparente e legítima.
As inspeções itinerantes do DETRAN têm tudo para ser um sucesso e é bem provável que outros estados sigam o exemplo do Rio de Janeiro. Aos condutores, cabe a responsabilidade de manter o carro sempre em ordem e fazer do trânsito um lugar mais seguro para todos.
Quer algumas dicas para manter seu carro em ordem? Então, leia nosso post sobre como dirigir em segurança mantendo a manutenção do veículo em dia!
Dirijo com muita frequência em horários noturnos.
Noto grande incidência de todos tipos de veículos, com faróis desregulados que ofuscam a visão.
São comuns também, motoristas trafegarem com ” luz alta ” onde não deveriam e não baixa-las.
Ao cruzar com outro veículos, ao andar atrás do outro veículo e até mesmo em lugares iluminados.
Não se vê uma fiscalização noturna por parte dos policiais rodoviários, que seríam os que devem fazer isso.
Até é comum o uso de faróis de “milha” só podem ser usados em estradas sem movimento; e faróis de neblina, com a ausência desta !
Nota-se também, que motoristas, não sabem a diferença de faróis altos e baixos …
E que se estivessem com as lentes dos óculos acertadas, em ordem, não precisariam de faróis altos …
Além daqueles que usam lâmpadas inadequadas, sempre mais forte que o permitido.
Fica minha indignação, com a falta de conhecimento dos motoristas, falta de educação e falta de cordialidade, só vendo o favorável a eles.
Mesmo se tratando de motoristas proficionais.