Listamos 6 dicas práticas para aumentar a vida útil da embreagem
Existem diversos sistemas mecânicos que trabalham simultaneamente em um veículo e que são responsáveis pelo seu bom funcionamento. O conjunto da embreagem, usado para controlar a conexão entre o motor e o câmbio, é um exemplo.
Seja pelas práticas consideradas como “vícios de direção” ou apenas por falta de informações corretas, há certos comportamentos dos motoristas que desgastam prematuramente esses componentes e acabam causando um grande prejuízo.
Quer saber quais são eles? Então este post é para você! Para ajudar na conservação de seu carro e evitar quebras inesperadas, listamos 6 dicas práticas para aumentar a vida útil desse sistema. Acompanhe!
Veja também:
> Qual é a hora certa de trocar o amortecedor? Descubra neste post!
> Bieleta: tudo que você precisa saber sobre a peça!
> Por que começar a fazer manutenção preventiva do seu carro?
Qual a função da embreagem?
Três peças principais formam o chamado “kit de embreagem”: platô, disco e rolamento. São responsáveis por colocar o veículo em movimento de uma forma suave e controlada, além de facilitar o engate das marchas sem danificar a transmissão.
O platô fica parafusado no volante do motor, o disco é conectado ao eixo principal do câmbio e o rolamento tem a função de acionar o sistema. Trabalhando em conjunto, esse trio coordena a transferência do movimento que acaba chegando às rodas, além de realizar outras funções:
- interrompe essa ligação quando é necessário, como nas paradas e trocas de marchas;
- protege o sistema contra sobrecargas, reduzindo os desgastes e quebras das peças;
- amortece a maioria das vibrações mecânicas que existem nesse tipo de acoplamento.
Como aumentar a durabilidade da embreagem?
Agora que você já sabe, de uma maneira básica, como funciona o conjunto da embreagem, vamos dar algumas dicas para conservá-la melhor no dia a dia!
1. Não fique com o pé apoiado no pedal
Muito comum entre os motoristas, essa prática é uma das maiores causas de danos prematuros no sistema. O certo é acionar a embreagem apenas nas trocas de marchas. Usar o pedal como “descanso para o pé” aumenta o atrito entre o platô, o disco e o volante do motor de uma forma desnecessária, elevando a temperatura e reduzindo a durabilidade desses componentes.
2. Evite trocas ríspidas de marcha
Trocar as marchas em um curtíssimo espaço de tempo é outro vício bastante prejudicial para o conjunto. Se você quer preservar seu carro e economizar na oficina, esqueça aquele estilo de pilotagem das corridas e filmes de ação. Mantenha a rotação do motor numa faixa moderada, troque as marchas com calma e, sempre que necessário, desengate e use os freios.
3. Use o freio de mão corretamente
Muitas pessoas preferem utilizar a embreagem e o acelerador para evitar que o carro volte de ré em uma rua com inclinação mais acentuada. Pensam que acionar o freio de mão numa situação assim é um sinal de imperícia, de quem ainda é novato ao volante. Mas acabam causando um grande desgaste no disco. Às vezes, o cheiro de queimado chega a invadir a cabine.
4. Sincronize o acelerador e a embreagem
Acelerar mais do que o necessário é outra prática muito prejudicial. Além de aumentar o consumo de combustível, superaquece a embreagem e desgasta outras peças do sistema de transmissão, como as juntas homocinéticas.
Principalmente nas saídas, evite elevar a rotação e arrancar como se estivesse participando de um “racha”. Dirija de uma forma sincronizada e suave.
5. Siga as informações do manual
Todo veículo tem um plano específico de manutenção, contendo informações relevantes sobre as trocas e ajustes que são necessários para cada quilometragem. Sendo assim, respeitar esse roteiro é fundamental para quem não gosta de ser surpreendido por uma quebra e deseja uma vida longa para a embreagem e todos os outros sistemas presentes no carro.
6. Cuidado com os automatizados
Os donos desses modelos devem lembrar que o sistema usa praticamente todas as peças do câmbio mecânico. A diferença é o gasto na oficina. Um kit de embreagem, por exemplo, chega a custar mais do que o dobro na versão com trocas automáticas. Então, é muito importante seguir todas as dicas que acabamos de passar, ou o prejuízo será bem grande.
Manutenção preventiva
A manutenção preventiva, como o próprio nome sugere, é um conjunto de medidas para garantir que o veículo sempre esteja em perfeitas condições de funcionamento. Nesse caso, o dono não espera que apareça uma falha ou quebra inesperada para procurar assistência.
Os intervalos das revisões, ajustes e trocas de peças são indicados pelo fabricante e costumam estar bem detalhados no manual do carro. Mas é interessante também pedir conselhos ao seu mecânico de confiança, que poderá criar uma programação personalizada para você.
Durante essas checagens, são verificados os principais sistemas e substituídos os componentes que estão começando a apresentar problemas ou cumpriram sua vida útil. Vale lembrar que, além de garantir uma maior segurança, essa manutenção é bem mais barata do que a corretiva.
Manutenção corretiva
Esse tipo de conserto é realizado após o mau funcionamento ou quebra de uma peça. Muitas vezes, o prejuízo fica grande, porque é preciso chamar um guincho ou uma única falha danificou vários componentes. O rompimento da correia dentada é um exemplo bastante comum.
De um modo geral, é preferível que o seu carro nunca chegue a esse ponto de precisar de uma manutenção corretiva, não é mesmo? É sempre melhor prevenir do que remediar.
Manutenção na embreagem
Todo motorista deve ficar atento ao aparecimento de alguns sinais bem claros que indicam o início de problemas com o kit de embreagem. Alguns deles são:
- falta de potência no carro, que não consegue atingir o desempenho de antes e passa a consumir muito combustível, principalmente quando está carregado;
- pedal da embreagem mais duro do que o normal, indicando que as molas do platô podem estar com problemas e o conjunto precisará ser trocado;
- trepidação ou patinação nas saídas, quase sempre causadas pelo desgaste excessivo ou contaminação por óleo do material de atrito do disco;
- dificuldade em engatar as marchas, sinalizando possivelmente que a embreagem não consegue mais desacoplar o motor do câmbio com eficiência.
Ao notar alguma dessas situações, procure uma oficina antes que o conjunto quebre e você fique pelo caminho. Na hora da troca, como a mão de obra costuma ser a maior despesa, substitua o kit completo: platô, disco e rolamento. Também é muito importante verificar o acionamento.
Achou interessante o conteúdo? Então, compartilhe-o em suas redes sociais e faça com que mais pessoas aprendam a cuidar bem da embreagem!