Guia completo: conheça os 4 principais tipos de direção veicular

Há alguns anos, ao comprar um carro, os principais itens que tinham de ser considerados eram ...

Por teste, Publicado em 12 de agosto de 2019

Guia completo: conheça os 4 principais tipos de direção veicular
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Há alguns anos, ao comprar um carro, os principais itens que tinham de ser considerados eram a cor, potência e espaço. Hoje, muita coisa mudou, e a tecnologia tomou conta dos veículos — quem iria imaginar que em algum momento existiriam 4 tipos de direção veicular? Ao longo deste texto, você vai conhecer mais a fundo os principais tipos de direção, como esses sistemas funcionam, suas características, vantagens, desvantagens, quando fazer a manutenção e muito mais! Venha com a gente!

Quais são os 4 tipos de direção veicular?

Embora direção mecânica, hidráulica e elétrica já sejam conceitos bastante conhecidos popularmente, muitas pessoas não sabem como eles, de fato, funcionam — e, aqui, estamos falando do básico. Mas ter essa informação é uma ajuda e tanto, principalmente para detectar problemas quando ainda em estágio inicial. Veja só!

1. Mecânica

Esse modelo era comum nos automóveis antigos e ainda se faz presente na maioria dos carros populares hoje. A direção totalmente mecânica não conta com nenhum tipo de assistência e depende da força dos braços dos condutores — e sabemos que, em alguns casos, haja força naquela manobra para colocar o veículo em uma vaga mais apertada, não é mesmo? O sistema é bem simples e constituído basicamente por:
  • coluna;
  • árvore;
  • caixa de direção;
  • barra;
  • braços de direção.
De forma simplificada, podemos dizer que, ao virar o volante, o movimento é transferido à caixa de direção por meio da coluna. A rotação é, então, convertida e passada para os braços que, por sua vez, controlam o posicionamento das rodas. Uma das vantagens desse sistema é que, por ser mais simples, ele tem um custo bem menor em relação aos outros, tanto no que diz respeito às peças em si quanto à mão de obra no caso de um reparo. Além disso, ele é bem robusto, não costuma apresentar grandes problemas — quando acontecem, é relativamente mais fácil detectá-los e resolvê-los, principalmente quando são na caixa de direção. Porém, quem já teve de fazer manobras em um veículo com direção mecânica sabe bem que ela não é nada confortável.

2. Hidráulica

Presente no Brasil desde o lançamento do Ford Galaxie nacional, em 1967, a direção com assistência hidráulica já equipava modelos como o Chrysler Imperial desde 1951 e logo se tornou motivo de muitos elogios. A principal função desse modelo era reduzir o esforço que o motorista fazia ao girar o volante, o que agradou bastante o público apaixonado pelo setor automotivo, principalmente considerando o tamanho e peso dos carros da época. Diferentemente do modelo mecânico, a direção hidráulica usa alguns elementos para tornar a condução mais leve, dando aquela forcinha ao motorista. Além dos itens citados na direção mecânica, os principais componentes desse sistema são:
  • bomba hidráulica;
  • fluido;
  • válvula de rotação;
  • tubulações;
  • reservatório.
O seu funcionamento é bem simples. Ao ligar o motor, a bomba hidráulica é acionada por meio de correias e polias, pressurizando o fluido. Uma vez que isso acontece, ele é enviado à válvula de rotação, que distribui esse material a pistões, responsáveis por auxiliar no movimento das rodas. Com isso, chegamos à grande vantagem desse sistema: a sua maciez ao dirigir. Comparado à versão mecânica, a direção hidráulica é bem mais leve e, nas manobras, isso fica muito evidente. Uma das desvantagens desse sistema é o fato de ele consumir recursos do motor para girar o compressor, o que pode aumentar o consumo de combustível e reduzir um pouco a potência do automóvel, principalmente em modelos mais modestos. Vazamentos de fluidos também podem ser um problema conforme o carro vai envelhecendo.

3. Elétrica

Como a direção hidráulica não era perfeita, surgiu a necessidade de corrigir alguns de seus problemas. Em 1988, o modelo elétrico foi usado pela primeira vez no Suzuki Cervo. Atualmente, ele vem se popularizado bastante e equipa boa quantidade de veículos nacionais. Diferentemente da versão hidráulica, não é preciso nenhum tipo de fluido ou bomba para auxiliar no movimento das rodas. Em geral, esse sistema utiliza uma série de sensores que detectam o posicionamento do volante e das rodas, bem como força e velocidade aplicadas. Esses dados são enviados a uma central eletrônica que, após interpretá-los, comanda um motor elétrico acoplado à coluna de direção. Dessa forma, todo o esforço para girar as rodas é feito por ele, o que garante muito mais conforto nas manobras. Esse sistema traz apenas uma desvantagem marcante: o seu custo, que tende a ser bem salgado em relação aos outros. 

4. Eletro-hidráulica

A eletro-hidráulica, outro conceito de direção que mescla o melhor de dois mundos para trazer ainda mais conforto ao motorista. Ela funciona de forma bem semelhante à versão totalmente hidráulica, mas traz algumas melhorias, tanto no desempenho quanto no custo. Lembra que, na versão hidráulica, o motor do carro é que tinha de atuar a bomba para pressurizar o fluido? No modelo mais avançado, isso é feito por um motor elétrico totalmente independente, o que resolve alguns problemas — ainda que não todos. Embora seja mais cara quando comparada às versões mecânicas ou totalmente hidráulicas, se analisarmos sua parte elétrica, existe uma redução no preço de peças e mão de obra.

Quando a manutenção tem de ser feita?

Em relação à manutenção, a que menos apresenta problemas é a versão mecânica, principalmente quando a caixa é tipo pinhão e cremalheira — que atualmente é uma das mais usadas. Fique atento a sinais como trepidação e folgas no volante, realizando inspeções periódicas conforme o prazo estipulado pelo manual do fabricante. A recomendação é a mesma para a versão hidráulica, mas com alguns detalhes extras. Fique atento em relação a vazamentos e alterações no volante. Quanto ao fluido, faça a troca a cada 50 mil quilômetros rodados e preste atenção ao nível do reservatório. Se estiver baixando muito, procure ajuda do seu mecânico de confiança e não complete — por não ser uma condição normal, pode haver algum defeito. Os modelos elétricos e eletro-hidráulicos também não costumam dar problemas e, nesse sentido, é preciso ficar de olho nos sensores. Vale reforçar que, sempre que você tiver qualquer dúvida sobre um desses sistemas, procure informações no manual do proprietário. É o documento que traz dados importantes quanto ao período de troca e revisões, quais cuidados tomar e, principalmente, o que fazer para prolongar a vida útil dos componentes. Independentemente da quilometragem rodada ou do tipo de direção, para garantir a máxima segurança ao dirigir, é fundamental realizar inspeções periódicas de forma preventiva. Somente com ela você consegue antecipar problemas e detectá-los o quanto antes — o que pode fazer a diferença no bolso, além de evitar acidentes. Como você viu, existem vários tipos de direção e todos trazem vantagens e desvantagens. Escolha o modelo mais adequado ao seu dia a dia e dirija com conforto. Ah! E se precisar fazer um reparo, procure por um serviço mecânico de qualidade, combinado? Gostou de aprender mais sobre os tipos de direção? Então siga agora mesmo nossas redes sociais e veja muito mais! Estamos no Facebook, Twitter, YouTube e Instagram.

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