5 dicas para evitar problemas ao deixar o carro parado
Ter um automóvel é um ato de muita responsabilidade, não apenas em relação à condução, mas também no que se refere à preservação do veículo. Mas como fica para quem precisa deixar o carro parado por muito tempo? Essa dúvida é bastante relevante por conta da nova realidade da quarentena.
Aproveitamos esse dilema para elaborar este post especial sobre o assunto. Aqui, você aprenderá como algumas práticas são capazes de proteger o carro a longo prazo, mesmo que ele precise ficar parado na garagem. Boa leitura!
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A importância do planejamento antes de deixar o veículo sem uso
Deixar um carro parado por muito tempo na garagem exige planejamento. Afinal, ainda que você não tenha a intenção de usá-lo em breve, precisa que ele se mantenha em bom estado, não é mesmo?
O que é importante ter em mente é que, sempre que um carro fica parado por muito tempo, seus componentes começam a sofrer com a aceleração do desgaste. As causas para isso são as mais variadas, como acúmulo de partículas abrasivas nas galerias internas, falta de lubrificação, concentração de peso constante sobre os pneus, descalibragem e por aí adiante.
Mas fique tranquilo, pois para evitar esse problema não será necessário fazer procedimentos complicados. De modo geral, a recomendação é apenas que você inclua alguns hábitos na sua rotina, com o objetivo de minimizar os efeitos da ociosidade sobre o conjunto mecânico.
As 5 melhores dicas para evitar problemas com o carro parado
Agora que você já sabe a importância de se planejar ao deixar o carro parado, vamos a algumas dicas. Mas antes um detalhe interessante: muitas destas recomendações fazem parte da vida de grandes colecionadores, que reconhecem a importância de bons hábitos para a preservação de seus carros antigos e entendem disso melhor do que ninguém.
Então, aproveite o momento e aprenda a cuidar do seu veículo durante a quarentena!
1. Cuidados com os pneus
Ainda que não seja um elemento mecânico, os pneus estão entre os componentes mais prejudicados pela ociosidade. Sem circular, eles estão fadados a sustentar o peso do veículo por um período indeterminado de tempo.
A primeira e mais importante ação preventiva é a calibragem. Em cenários normais, você faria isso a cada duas semanas, seguindo a pressão indicada no manual do veículo ou dos pneus. Com a quarentena, você tem menos oportunidades de saída e o pneu não despressuriza tão rapidamente.
Sendo assim, a nossa recomendação é para que você sempre siga as orientações da fabricante, obedecendo a calibragem indicada pela marca. Junto disso, você deve continuar verificando se a calibragem segue no mesmo nível indicado, pois se o pneu for perdendo carga ele será danificado.
Outra dica fundamental é a mudança de posição do seu carro pelo menos a cada 10 dias. O objetivo dessa recomendação é evitar que a cinta metálica, um componente estrutural interno, se deforme de maneira permanente — o que acontece pela ação continuada do peso do veículo sobre as rodas.
2. Atenção redobrada à bateria
De todos os componentes de um veículo ocioso, as baterias são as mais propensas a sofrer com um problema permanente. Diferentemente do que muitos pensam, não basta ligar o veículo periodicamente para que ela receba carga e se mantenha “viva”.
Na realidade, você precisa considerar a solução ácida no interior desse componente. A movimentação gerada pelo deslocamento do carro é suficiente para evitar a concentração na base do recipiente plástico. Porém, em plena quarentena, a história muda, visto que o veículo deixará de circular diariamente, ocorrendo a corrosão do plástico, das placas e de tudo que estiver pelo caminho.
Para evitar isso, basta ligar o carro e deslocá-lo, mesmo que seja para trás e para frente, provocando a movimentação do fluido. Baterias de fabricação mais recente podem suportar até 3 semanas, enquanto as usadas por mais de dois anos, algo em torno de 3 a 5 dias.
Outra ideia que pode ser conveniente é desligar os cabos da bateria, evitando o consumo por dispositivos como rádio e alarme. No entanto, isso acarreta a desconfiguração de alguns aparelhos, além de afetar os ajustes dos módulos eletrônicos de veículos mais sofisticados.
3. Combate aos odores
Aqui, temos um problema silencioso, interno e mal cheiroso. Sem a circulação de ar, é possível que a cabine comece a emanar um odor de mofo, o que acontece por conta da proliferação de bactérias e fungos nos dutos do ar-condicionado.
Isso é possível porque as galerias internas desse sistema oferecem o ambiente perfeito para esses microrganismos, sendo um local frio e úmido. Por isso, a recomendação é: sempre que ligar o motor, acione o ar-condicionado por no mínimo 10 minutos.
Assim, você garante que o sistema faça sua rotina de lubrificação. Passado esse período, coloque-o para trabalhar apenas na ventilação com a temperatura quente. O aquecimento promoverá a secagem, eliminando a umidade, circulando o ar e evitando a proliferação.
4. Ausência de problemas com combustível
Há quem diga para deixar o tanque completamente vazio. A dica não é uma má ideia, mas isso pode prejudicar a sua capacidade de dar a partida no carro em longo prazo. Por isso, a nossa recomendação é que você mantenha apenas um pouco de combustível no tanque.
A gasolina, por exemplo, apodrece após cerca de 30 dias, o que pode provocar o entupimento dos bicos injetores, prejudicando a ignição. Contudo, isso não é justificativa para usar o etanol, pois ele é ainda pior. Sua combinação de água e açúcar pode ser ainda mais prejudicial ao veículo.
5. Preservação da lataria
Por último, temos os cuidados com a superfície do veículo. A nossa dica aqui é categórica: guarde o carro em um local coberto! A depender da sua região, folhas, fezes de pássaros, chuva, sol, granizo, poeira, fuligem e maresia são apenas alguns dos inimigos da pintura e lataria. Caso não seja possível, tente ao menos preservar o veículo sob a proteção de uma capa.
A importância da revisão antes de voltar a usar o veículo plenamente
No fim das contas, é importante notar que boa parte das dicas podem ser complementadas com a utilização de peças e insumos de alta qualidade, como os componentes automotivos desenvolvidos pela Nakata. Com maior durabilidade, eles ampliam a vida útil do veículo mesmo durante períodos de ociosidade.
Para encerrar, vale destacar a importância de dois elementos: a manutenção preventiva e a revisão antes de voltar a pegar a estrada. Afinal, mesmo com todos esses cuidados, é alta a probabilidade de que algum componente esteja com certo desgaste — o que será rapidamente identificado e corrigido por uma inspeção profissional.
Agora que você já sabe o que fazer para proteger o seu carro parado, aproveite para refinar os seus conhecimentos sobre o tema baixando o nosso e-book exclusivo sobre cuidados com carros seminovos.