Tecnologia nos pneus de motocicletas
Nos próximos anos, todo setor da mobilidade aguarda ansiosamente pelo pneu que não fura nem precisa de ar. Na corrida por essa novidade, a empresa norte-americana Smart Tire Company já anunciou para o mercado de bicicletas o METL, feito de ligas com memória de forma, os mesmos materiais que estão sendo pesquisados pela NASA para futuras missões lunares e marcianas.
A base do METL é o NiTinol, uma liga metálica feita de níquel e titânio que ao ser deformada retorna a sua forma original. Devido à elasticidade e ao alto retorno de energia dessas ligas exclusivas, o METL é o primeiro pneu sem ar a apresentar baixa resistência ao rolamento e um passeio suave, além de eliminar furos.
Os pneus vêm com banda de rodagem de borracha integrada e podem ser reformados, sendo uma solução mais sustentável, que utiliza menos borracha e produz menos resíduos. A segurança também é melhorada através do contacto consistente e uniforme com a estrada.
A Smart Tire Company já tem planos para oferecer esta tecnologia para motocicletas e automóveis, basta esperar o amadurecimento do mercado e, claro, mais alguns testes de confiabilidade e resistência. No mercado de bicicletas, a expectativa é de o METL durar a vida útil da bike.
Hoje
Enquanto isso não acontece, os pneus continuam sendo preenchidos a ar e feitos majoritariamente de borracha. Porém, apesar da aparência simples, apresentam técnicas de construção muito elaboradas e tecnológicas, nos três pontos fundamentais de um pneu: estrutura, perfil e banda de rodagem.
Os pneus de moto com maior índice de tecnologia são os de pista, uma vez que trata-se do local onde são mais exigidos. Há diversos modelos e marcas disponíveis no mercado, que podem também ser utilizado na rua, como o recém-lançado Diablo Supercorsa V4 SP, da Pirelli.
Segundo a Pirelli, a estrutura do novo pneu utiliza novos materiais, tais como cabos estruturais de secção mais larga, compostos por um elevado número de fibras têxteis trançadas em conjunto para dar ao pneu uma maior rigidez combinada com melhores capacidades de absorção de impactos.
Além disso, cada tamanho tem sua própria estrutura, ajustada para um ótimo desempenho em combinação com a largura do perfil específico para esse tamanho, as proporções do composto e a disposição do padrão da banda de rodagem. A estrutura é otimizada para uso na rua, assim como para longas distâncias em linha reta em rodovias.
O perfil do Supercorsa V4 é o mesmo dos pneus de corrida, desenvolvidos no Campeonato Mundial de Superbike, que conta com vários raios para mudanças bruscas de direção, enquanto a área lisa do ombro proporciona alta aderência e excelente retenção de linha nas curvas.
No Diablo Supercorsa V4 SP, a tala do pneu é projetada para fornecer o máximo desempenho tanto com a pressão do pneu na estrada quanto com a pressão de uso da pista. É precisamente a possibilidade de diminuir a pressão dos pneus para as sessões de pista que diferencia claramente o Supercorsa V4 SP dos outros pneus da gama hipersportiva da Pirelli.
Por fim, a banda de rodagem conta com design que melhora o escoamento da água e a área de superfície de contato com o solo, já a seção slick onde o padrão é interrompido tem um impacto na rigidez da banda de rodagem, reduzindo os riscos de deformação do sulco e garantindo um melhor empuxo em qualquer ângulo de inclinação.
Conta ainda com área do ombro sem ranhuras para garantir maior contato entre a borracha e a superfície da estrada, tanto no meio como em toda a inclinação, a fim de garantir uma maior aderência nas curvas, além de apresentar área externa completamente lisa do ombro melhora o empuxo em ângulos extremos.
Gostou do conteúdo? Quer saber mais? Então acompanhe a Nakata nas redes sociais como Instagram, YouTube e Facebook!
Texto por: Alexandre Akashi