Scooter elétrica: Opção para driblar o alto preço da gasolina
A gasolina ta cara? O trânsito está de matar? Andar de transporte público nem pensar? Um ciclomotor pode ser a solução. Não tem habilitação de moto? Esse seu problema já tem solução: a bicicleta e scooter elétrica.
As bicicletas elétricas com potência máxima de 250 watts, com velocidade máxima de 25 km/h, sem acelerador, não precisam de placa nem CNH ou ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotor). Podem ser uma opção para quem mora perto do trabalho, pois ainda é preciso pedalar. O motor elétrico serve apenas para dar uma forcinha.
Já as scooters com motor de até 350 watts não exigirem CNH A, mas demandam que o condutor tenha a ACC, tem um custo menor do que a CNH, pois pode ser obtida com 20 horas/aula de curso teórico e 10 horas/aula de aprendizado prático. No entanto, precisam ser emplacadas.
Isso porque o Código Brasileiro de Trânsito (CBT) mudou. Até o ano passado, não havia regulamentação para ciclomotores elétricos, mas em abril deste ano (2021), o novo código de trânsito define ciclomotor dessa forma:
“Ciclomotor: veículo de 2 (duas) ou 3 (três) rodas, provido de motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a 50 cm3 (cinquenta centímetros cúbicos), equivalente a 3,05 pol³ (três polegadas cúbicas e cinco centésimos), ou de motor de propulsão elétrica com potência máxima de 4 kW (quatro quilowatts), e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a 50 Km/h (cinquenta quilômetros por hora).”
No entanto, todo ciclomotor com mais de 1,2 m de comprimento deve ser emplacado. Por isso, é preciso um pouco de atenção ao adquirir uma scooter elétrica, pois nem todos os fabricantes homologam os produtos no Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) e, consequentemente, é impossibilitada de ser cadastrada no Registro Nacional de Veículos Automotores (RENAVAM).
Produtos homologados
Entre as marcas homologadas existentes no Brasil, três se destacam: Aima, Shineray e Voltz. A Aima é uma marca chinesa fundada em 1999, e no Brasil oferece uma extensa gama de scooters elétricas, com potências de 500W, 800W, 1200W, 2000W e 3000W. Destaque para o modelo Aima So Ver X12 de 3000W, que atinge velocidade de até 60 km/h e tem autonomia de até 30km. Custa R$ 12.900.
Uma opção mais barata é a Aima Xiao Guo Dong, de 500W, por R$ 6900. Atinge velocidade de até 35km/h, com autonomia de 60 a 80km.
Shineray
Presente no Brasil desde 2005, a Shineray iniciou a produção nacional em 2015. Foi a primeira planta fora da China. Localizada no Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, utiliza chassis nacional e componentes importados da matriz.
Oferece 14 modelos de scooters elétricas, além de uma scooter triciclo, com preços a partir de R$ 9.190, mais frete e impostos, dependendo da região. Todos os modelos possuem motor elétrico indutivo brushless (sem escovas), da Bosch, a maioria deles de 2000W, com bateria de lítio removível, de 60V-20Ah.
Há, no entanto, modelos com bateria de chumbo/ácido, como a SE1 Chumbo (R$ 10.990), com capacidade de 72V-32Ah, que possibilita autonomia de até 80km, com tempo de recarga de 8 a 10h. Mas, o grande destaque é a Scooter PT4 S, de R$ 12.990, com motor de 3000W, que atinge velocidade de até 75km/h e possui autonomia de até 50km.
Voltz
Voltz é uma start-up de mobilidade urbana elétrica sobre duas rodas, que possui dois produtos: a EV1 Sports e a EVS. Diferentemente da Aima e Shineray, os negócios vão além da venda de scooter e motos elétricas. Mas, todo o processo da start-up tem como base os veículos elétricos.
A scooter elétrica da Voltz é a EV1 Sports. Com preço a partir de R$ 14.990 pode ser adquirida com uma ou duas baterias de 60V-38,4Ah, de lítio, removíveis, que permitem autonomia de até 100km ou 180km respectivamente, com velocidade máxima de 75 km/h. O tempo de recarga é de 5 horas.
O motor da EV1 Spots tem 3000W de potência, com três anos de garantia. Além disso, é possível escolher três modos de pilotagem da scooter: Modo 1-Econômico, com velocidade limitada a 35km/h, Modo 2-Dia a dia, com velocidade até 55 km/h, e Modo 3-Potência Máxima, com velocidade de até 75 km/h.
Polêmica
Alguns modelos de scooters são homologados como patinetes elétricos e, segundo representantes de vendas das fabricantes, não precisam de placa nem de CNH ou ACC, apesar de possuírem mais de 1,2m de comprimento. No entanto, se o veículo for carenado e tiver o visual clássico de scooter, precisa sim de toda a documentação para trafegar em vias públicas.
Fato é que a legislação ainda é muito nova e nem mesmo os guardas de trânsito sabem bem como agir. Por via das dúvidas, antes de investir em uma scooter elétrica certifique-se que ela é homologada pelo fabricante para evitar problemas futuros.