Kit relação moto: como recomendar o produto certo e ganhar confiança do cliente

Para todo vendedor de motopeças na linha de frente, indicar o kit relação moto correto (corrente, coroa e pinhão) ...

Por Dinâmica, Publicado em 05 de dezembro de 2025

Kit relação moto: como recomendar o produto certo e ganhar confiança do cliente
6 Minutos para ler

Para todo vendedor de motopeças na linha de frente, indicar o kit relação moto correto (corrente, coroa e pinhão) é decisivo para evitar devoluções, aumentar o tíquete médio e, principalmente, ganhar a confiança do cliente. 

Neste guia prático, você vai saber como identificar a hora da troca, quais diferenças de qualidade realmente importam e como a Nakata pode ser uma opção segura e durável quando a aplicação/catálogo confirmarem a compatibilidade.

O que é o kit relação moto e por que ele determina a satisfação do cliente

O kit relação moto transmite a força do motor para a roda traseira. Corrente, coroa e pinhão trabalham juntos; se um componente está desgastado, os demais sofrem. Por isso, a recomendação profissional é substituir o conjunto (kit completo) na imensa maioria dos casos. Isso evita desgaste precoce, barulhos e retornos à loja.

Benefícios de um kit de qualidade:

  • Durabilidade superior e menor necessidade de ajustes.
  • Condução mais silenciosa e suave.
  • Segurança: menos risco de salto da corrente.
  • Custo total menor no médio prazo (menos trocas e retrabalho).

Quando recomendar a troca: sinais práticos que você pode mostrar ao cliente

Leve o cliente até a moto e mostre os sinais visuais e sonoros. Isso cria confiança e facilita o fechamento.

Corrente:

  • Folga excessiva mesmo após ajuste, ou necessidade de ajustes frequentes.
  • Elos travados ou rígidos; corrente não “deita” bem no pinhão.
  • Alongamento perceptível: corrente chega ao fim do curso do esticador.
  • Ferrugem e desgaste em roletes/placas.

Coroa:

  • Dentes afiados ou em formato de “gancho”, indicando desgaste direcional.
  • Desgaste irregular (alguns dentes ok, outros gastos).
  • Marcas de impacto ou rebarbas.

Pinhão:

  • Dentes com formato pontiagudo e alongado.
  • Folga no eixo ou ruído metálico ao girar.
  • Sintomas na condução
  • Pulos/“trancos” em acelerações.
  • Assobio contínuo em velocidade.
  • Vibração acima do normal na transmissão.

 

Dica rápida: se um componente está gasto, explique que o novo vai “casar” mal com os antigos. Trocar o kit relação moto completo evita retorno por barulho e desgaste precoce.

Como dimensionar e especificar com segurança

Para sugerir o kit relação moto correto:

  • Consulte o modelo, ano e motorização (ex.: CG 160 2019).
  • Verifique a relação de fábrica (ex.: 15/43 e passo 428). Alterar a relação muda a arrancada e final: só recomende mudanças quando o cliente souber o que quer e entender as consequências. Mais dentes no pinhão ou menos na coroa = mais final/velocidade e menos arrancada; o inverso dá mais torque/arrancada.
  • Cheque o passo da corrente (ex.: 420, 428, 520). É a “bitola” da corrente e tem que casar com coroa e pinhão. Pinhão, corrente e coroa têm que ser do mesmo passo, não misturar!

Diferenças que importam: qualidade vs. genérico

Nem todo kit é igual. Mostre características técnicas que justificam a escolha:

Materiais e tratamento:

  • Aços de alta liga em coroa e pinhão mantêm o perfil do dente por mais tempo.
  • Cementação e têmpera (muitas vezes por indução no pinhão) aumentam a dureza superficial sem fragilizar a peça.

Precisão de usinagem:

  • Perfil do dente e concentricidade corretos reduzem ruído e desgaste.

Corrente com retentores (O-ring/X-ring):

  • Maior retenção de lubrificante nos roletes significa vida útil prolongada quando a aplicação permite.
  • Em várias motos de baixa cilindrada (ex.: 428 de fábrica sem retentor), siga o catálogo do fabricante.

Acabamento anticorrosão:

  • Atraso no processo de oxidação, especialmente para uso diário.

Por que contar com a Nakata:

  • Kits com controle rigoroso de qualidade e especificações compatíveis com as OEMs (originais).
  • Durabilidade comprovada em uso urbano e estrada.
  • Padronização: encaixe perfeito, menos ruído e menor necessidade de reapertos.
  • Suporte técnico e catálogo confiável para aplicação correta.

Passo a passo de abordagem na loja

1. Diagnóstico à vista do cliente: mostre 2–3 sinais de desgaste. Use lanterna e gabarito de passo, se tiver.

2. Explicação simples: “Seu kit está alongado e a coroa já está em ‘gancho’. Se trocar só a corrente, volta o barulho e o desgaste rápido.”

3. Oferta de solução completa: indique o kit Nakata específico para o modelo/ano, com as vantagens técnicas (retentores, tratamento, precisão).

4. Cálculo de valor percebido: compare os custos do kit completo de qualidade vs. troca parcial com retorno. Enfatize menor custo total.

5. Fechamento com confiança: garanta instalação correta (torques, travas e alinhamento) e oriente a primeira revisão de folga.

Erros comuns que geram devoluções (e como evitar)

  • Combinar peças de linhas diferentes sem checar passo, largura, perfil e dureza. → Prefira kits completos da mesma linha ou comprove a compatibilidade técnica antes de montar.
  • Ignorar o passo: 428 vs. 520. → Conferir sempre no catálogo.
  • Apertar demais a corrente: causa ruído e desgaste do pinhão/eixo. → Ajuste conforme manual.
  • Instalação sem torque correto nos parafusos da coroa. → Use torquímetro e trava química adequada.
  • Falta de orientação pós-venda: cliente volta com barulho após chuva. → Entregar instruções de uso e manutenção.

Manutenção que aumenta a vida útil do kit (e reduz reclamações)

Passe estas boas práticas ao cliente:

  • Limpeza com querosene ou limpador específico e lubrificação a cada 500–800 km (ou após chuva/lama). Evite gasolina/solventes agressivos; use escova macia e lubrificante específico.
  • Ajuste de folga conforme manual (nem “esticada”, nem “bamba”); em uso urbano com chuva/poeira, encurte o intervalo (ex.: 300–500 km).
  • Revisão inicial após 300–500 km da instalação para acomodação.
  • Evitar spray direto de alta pressão na corrente.

Checklist rápido para o balcão

  • - Confirmar modelo/ano e passo.
  • - Avaliar o estado dos três componentes.
  • - Sugerir kit completo Nakata compatível.
  • - Explicar benefícios técnicos (retentores, tratamento, precisão).
  • - Entregar orientações de manutenção e recomendar revisão inicial.

Como responder objeções com confiança

“Só quero trocar a corrente.”

“Entendo. O problema é que a coroa e o pinhão já moldaram a corrente antiga. Se colocarmos só a corrente nova, ela vai se desgastar rápido e pode voltar o ruído. Com o kit Nakata completo, você resolve de uma vez e economiza no médio prazo.”

 

“Esse kit é mais caro.”

“Ele dura mais e pede menos ajustes. Considerando a mão de obra e o tempo, o custo total fica menor. Além disso, tem acabamento e tratamento que protegem do desgaste.”

 

Gostou dessas dicas? Para saber mais sobre o assunto, leia nossas informações sobre os kits de transmissão Nakata e procure códigos e aplicações das peças que você deseja em nosso catálogo eletrônico.

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