Carro sustentável: descubra como unir mobilidade e meio ambiente
Você já parou para pensar na importância de ter um “carro sustentável”? A ação do ser humano tem causado diversos danos aos ecossistemas, o que está colocando em risco até mesmo a nossa existência. Por isso, as montadoras estão investindo pesado na busca de soluções que ajudem a preservar o planeta.
Mas é interessante lembrar que nem sempre foi assim. As primeiras leis importantes para controlar a poluição dos veículos foram aprovadas na década de 1960. Desde então, também passaram a substituir vários produtos perigosos, como o mercúrio, chumbo, cromo, cádmio, amianto, entre outros.
Materiais reciclados e naturais
Nos carros atuais, é possível encontrar peças feitas com garrafas plásticas usadas, sobras de borracha, retalhos de tecidos, papel reciclado, madeiras de reflorestamento, plástico de cana, espuma de soja, algodão, juta, fibra de coco, palha de arroz, óleo de laranja, rocha vulcânica e até borra de café!
Aqui no Brasil, um exemplo interessante foi o Fiat Uno Ecology, um “veículo conceito” apresentado pela marca italiana em 2010. Seu motor funcionava apenas com etanol, tinha um painel solar no teto e vários componentes produzidos com garrafas recicladas, plástico de cana, fibra de coco e látex natural.
Cada vez mais leves e resistentes
Além de usar matérias-primas ecológicas, o “carro sustentável” precisa pesar muito pouco, mas sem abrir mão da segurança e durabilidade. Cada quilo a menos garante uma economia de energia para se movimentar. Ao gastar o mínimo, seja combustível ou eletricidade, a poluição também é reduzida.
Para alcançar esse resultado, é preciso inovar nas carrocerias. O modelo elétrico BMW i3, por exemplo, tem um monobloco de fibra de carbono que pesa apenas 138 quilos. O esportivo Jaguar F-Type, com motor V8 e quase cinco metros de comprimento, usa uma estrutura de alumínio com exatos 261 kg.
Motores com emissões mínimas
O “terceiro pilar” da mobilidade ecológica, além dos materiais e da leveza, é usar novas motorizações capazes de gastar pouco e chegar perto da “emissão zero” de poluentes. Hoje, dependendo do preço e uso do veículo, temos várias alternativas: biocombustíveis, híbridos, elétricos e hidrogênio.
Biocombustíveis
Apresentam duas grandes vantagens: quase não exigem mudanças na estrutura atual e, além das plantações tradicionais, podem ser feitos com vários resíduos: sobras da agropecuária, lixo doméstico, gás dos aterros sanitários e estações de tratamento de esgoto, poluição do ar, entre outras fontes.
Híbridos
Existem várias tecnologias, desde os “híbridos leves” até os “híbridos plug-in”, que também são abastecidos na tomada. A maior vantagem é reduzir muito o consumo e a poluição do propulsor tradicional, ao combiná-lo com um motor elétrico e um sistema para aproveitar a energia das frenagens.
Elétricos
Como usam uma grande bateria, contam apenas com a tração elétrica. É a tecnologia que deve dominar nas próximas décadas. A cada ano, ficam mais potentes, leves e com uma autonomia maior. Por hora, o problema é o preço. Algumas marcas apostam em painéis solares para ampliar sua eficiência.
Hidrogênio
Comparados aos elétricos, a diferença é que usam uma “célula a combustível” para combinar o gás com o ar, gerando eletricidade. São limpos, silenciosos e fáceis de abastecer. Mas o hidrogênio é caro e existem poucos postos no mundo. Mesmo assim, estão à venda dois modelos: Toyota Mirai e Hyundai Nexo.
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