Carro em ponto morto: 6 mitos e verdades sobre o assunto

Se você é um motorista, provavelmente já ouviu falar sobre a técnica de deixar o carro em ponto morto em determinadas situações, como em uma descida íngreme.

No entanto, há muitos mitos e verdades em torno dessa prática, o que pode gerar confusão e até mesmo colocar a segurança em risco. Pensando na importância desse assunto, resolvemos elaborar este conteúdo.

Nele, exploraremos os principais mitos e verdades do carro em ponto morto, desmistificando algumas crenças populares e apresentando as melhores práticas para garantir uma condução segura e eficiente.

Mitos

Inicialmente, mostraremos mitos muito difundidos sobre deixar o carro equipado com câmbio mecânico em ponto morto. Confira!

1. Deixar o carro em ponto morto nas descidas economiza combustível

Na verdade, manter o carro em ponto morto em descidas íngremes pode ser perigoso e não economiza combustível. Muito pelo contrário. Nessas ocasiões o motor do carro ainda precisa trabalhar mesmo em ponto morto, mantendo a rotação mínima necessária para mantê-lo funcionando. Quando está engrenado e o sistema de injeção constata essa situação a alimentação do motor é cortada, aí sim gera certa economia de combustível

2. Deixar o CAMBIO EM ponto morto em descidas longas ajuda a resfriar o motor.

Deixar o carro em ponto morto em descidas longas não ajuda a resfriar o motor. O sistema de arrefecimento do motor depende de algumas variáveis para mantê-lo na temperatura ideal de trabalho, em geral, trafegando em rodovias a temperatura do motor já está abaixo do ideal devido o fluxo de ar que o radiador e o motor recebem. Se for necessário intervenção do sistema de arrefecimento para baixar a temperatura do motor o fato do câmbio estar em ponto morto não contribui para nada.

Verdades

Agora, confira algumas verdades sobre deixar o seu veículo na posição neutra no câmbio.

1. Carro em ponto morto nas descidas pode gerar multas

No Brasil, por exemplo, a Resolução nº 168 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) proíbe explicitamente a prática de deixar o carro em ponto morto em descidas.

Segundo a resolução, essa prática pode danificar o sistema de freios e aumentar o risco de acidentes.

2. ponto morto pode prejudicar o componentes do veículo

Essa prática pode causar desgaste desnecessário nos componentes da transmissão, isso ocorre devido a diferença de rotação entre o eixo primário e secundário da caixa de câmbio. Outro sistema que pode ser afetado pela banguela, como é conhecido popularmente o ponto morto, é o sistema de freio, em caso de necessidade de parada repentina o sistema será sobrecarregado chegando a um superaquecimento.

3. Deixar o carro em ponto morto pode causar acidente

O carro, quando está engrenado, tem muito mais aderência com o solo. Ponto morto e velocidade elevada vão mudar essa aderência dos pneus com o solo e se o motorista precisar fazer uma mudança brusca de trajetória haverá uma perda de estabilidade repentina e pode chegar a acidentes graves.

Utilizando o ponto morto da forma correta

O ponto morto ou neutro é uma posição do câmbio que pode ser utilizada em determinadas situações. Alguns exemplos são os seguintes:

●       em caso de superaquecimento, em que se pretende manter o carro andando por alguns metros sem acelerar;

●       com o veículo parado no farol;

●       em caso de reboque;

●       em engarrafamentos prolongados.

No entanto, é importante lembrar que essas são situações específicas em que manter o carro em ponto morto pode ser melhor que engrenado. O ideal é nunca utilizar ponto morto com o veículo em deslocamento, pois como já vimos, além de não gerar qualquer tipo de economia está sujeito a multas, desgaste prematuro de alguns componentes e risco de acidentes. Utilizar as marchas corretamente é um dos princípios básicos para manter a durabilidade desses sistemas. No manual do proprietário você vai encontrar informações sobre o uso correto da transmissão, não deixe de ler as informações.

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