O design marcante do JAC T60
Já faz tempo que a JAC Motors deixou de ser uma marca meramente de carros populares, como há 10 anos, quando estreou no Brasil com o JAC J3, o completão. Agora, conta com extensa linha de veículos elétricos e alguns poucos modelos de SUV a gasolina, como o T60.
Reestilizado em 2021, o SUV médio ganhou design futurístico, com capô alto e conjunto óptico no estilo Fiat Toro, com faróis posicionados abaixo das DLRs – luzes de condução diurnas, nas extremidades da grade dianteira. O parachoque serve como uma moldura para grade e faróis, com ressaltos e suporte para a placa.
Os DLRs ganharam formato de gancho e são unidos por um friso cromado, detalhe que remete a sofisticação. A linha frontal é completada pelo capô com laterais altas, o que dá ao veículo um estilo mais robusto.
A traseira acompanha o design futurístico da dianteira, com lanternas em leds em formato de gancho, estreitas, formando uma linha fina por toda a tampa do porta-malas. Houve um tempo que considerava essa linha fina traseira algo sofisticado, mas, agora parece ser bem brega. E o pior é que diversas marcas têm adotado este tipo de design nos SUVs.
Avaliamos o modelo 2022, na versão topo de linha, PACK3, que custa R$ 152.990 e conta com acessórios exclusivos como teto solar, bancos em couro, projetor de luz nas portas e painel digital.
É inegável a evolução dos veículos JAC. Além do design marcante, o T60 apresenta interior sofisticado, envolvente, funcional, equilibrado e bastante sóbrio, apesar da imensa tela de 10,25 polegadas da central multimídia, bem ao centro do console.
O espaço interno é bom e confortável para 5 ocupantes adultos. Quem viaja no banco traseiro conta com excelente espaço para as pernas, mesmo com o banco dianteiro totalmente para trás. Além disso, o porta-malas é generoso, com capacidade para 650 litros.
Ao volante
O JAC T60 vem com motor gasolina, quatro cilindros, 1.5l turbo, com duplo comando de válvulas variável na admissão, acionado por corrente, com taxa de compressão de 9,5:1. A potência máxima é de 168 cv a 5500 rpm, com torque máximo de 21,4 kgfm a 2000 rpm. Acoplado ao motor uma transmissão tipo CVT, com seis marchas virtuais.
A posição de dirigir o T60 remete aos carros mais antigos, quando se enxergava o capô do carro à frente. Mas isso só ocorre quando se posiciona o banco totalmente para baixo. Ao erguê-lo, a posição de dirigir fica como na maioria dos carros, sem visão do capô.
Com essa configuração de motor e câmbio, o T60 mostrou ser agradável de dirigir. Tem uma boa agilidade no trânsito do dia a dia e, mesmo sendo um SUV médio, não cansa em longos trajetos.
Na estrada, o SUV apresentou consumo médio de 13 km/l, um pouco melhor do que o anunciado pela montadora, de 11,2 km/l. Já na cidade, foi quase impossível atingir a marca de 9,6 km/l declarado pela JAC. A melhor marca ficou em torno de 8 km/l.
Entre os SUV do mesmo porte, o T60 se destaca mais pelo preço do que por qualquer outro atrativo. Mesmo porque, os concorrentes oferecem mais tecnologia, como controle de cruzeiro adaptativo e assistente de estacionamento automático, itens que não estão disponíveis no T60.
O T60 pode não ser a primeira escolha do consumidor, mas, se a ideia é ter um SUV médio zero km na faixa de R$ 150,000, é um modelo a ser considerado.
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Texto por: Alexandre Akashi