Nova Chevrolet Montana cresce e fica melhor
Após poucas horas de iniciar o teste de avaliação da nova Chevrolet Montana, ficou claro que a montadora não mediu esforços para apresentar ao consumidor um produto diferenciado.
Mas, apesar de lembrar bem a picape Toro, da Fiat, as semelhanças limitam-se à frente do carro, com o conjunto óptico em duas peças, com DLR na linha do capô e o farol logo abaixo, e, claro, à silhueta de picape mediana.
O principal atrativo da unidade avaliada foi o conforto. A picape não fazia nenhum ruído estranho. E isso chamou muito nossa atenção. Por isso, o consumidor deve ficar atento ao fazer o teste drive antes de comprar.
Outro item que chamou atenção foi o som do motor, 1.2 litro, flex, turbo, de 133/132 cv de potência (etanol/gasolina) a 5500 rpm, e torque máximo de 21,4/19,4 kgfm (e/g) a 2000 rpm. Trata-se de um 3 cilindros, muito compacto e leve, que emite um ruído característico, áspero e um pouco estranho, mas até que agradável.
O motor foi bem trabalhado e recebeu comando de válvulas duplos com variação na admissão e escape. No entanto, mantém alguns itens tradicionais como injeção indireta e acionamento do comando por correia dentada de borracha.
Acoplado ao motor, uma transmissão automática de seis marchas, com conversor de torque. O conjunto conversa muito bem, realiza trocas de marchas suaves, sem trancos e com opção de mudanças manuais, por meio de um botão na alavanca seletora de marcha.
Parte do enorme conforto ao rodar é justificado pelo sistema de suspensão adotado pela Chevrolet na nova Montana, que utiliza molas helicoidais em ambos os eixos. Normalmente, picapes apresentam feixes de molas nas rodas traseiras, que são mais robustas para quem utiliza a picape para andar com a caçamba sempre cheia.
Este não deve ser o caso da Montana, uma vez que o peso máximo de carga útil é de apenas 600 kg. A Fiat Toro com motor 1.3 turbo, flex carrega 750 kg, e o Renault Oroch, 650 kg (tanto as versões com motor 1.6 aspirado, quanto com motor 1.3 turbo flex).
Vale lembrar que a nova Montana cresceu bastante em relação à versão anterior, quando o modelo compartilhava a frente do compacto Agile. Agora, é uma picape de 4,72m de comprimento, 1,80m de largura, 1,66m de altura e 2,8m de entreeixos. Pesa 1.310 kg, caçamba para 874 litros e tanque de combustível de 44 litros, um pouco pequeno para o porte do veículo.
Conta com direção elétrica e rodas de 17 polegadas, com pneus 215/55 R17. Os freios são à disco ventilado na dianteira e o bom e velho tambor na traseira.
Ao volante
Dirigir a nova Chevrolet Montana é bastante agradável, apesar de não ser um carro muito empolgante nas acelerações nem retomadas de velocidade. O carro conta com ajuste de altura e profundidade do volante, o que garante encontrar a posição ideal para dirigir.
Graças à suspensão bem equilibrada, o carro se comporta bem em curvas, mesmo vazio. Claro que os sistemas de controle de estabilidade e vetorizador de torque ajudam, mas é um carro na mão, o tempo todo.
Infelizmente não conta com tração 4×4, que impedem de uma condução em terrenos mais acidentados e baixa aderência, mas para quem for usar o carro em estrada asfaltada ou terra batida, não terá problemas.
A versão avaliada foi a topo de gama, Premier, que custa R$ 142.520, e é completa, com acessórios de série como controle de cruzeiro com limitador de velocidade, alerta de ponto cego, câmera de ré, acendimento automático dos faróis, sistema multimídia com espelhamento de smartphone sem fios (Android e Apple), carregamento de smartphone por indução (sem fio), além de portas USB na dianteira e traseira.
A unidade avaliada contava ainda com Pacote Premier Plus, com destaque para a capota marítima rígida elétrica. Esse é um acessório que gera muita polêmica, pois apesar de ser bastante interessante, pois possibilita o fechamento da caçamba de forma simples e rápida, rouba bastante espaço útil de carga.
Além da capota elétrica, o pacote conta com entradas USB, USB-C e 12V na caçamba, soleiras de portas iluminadas e em alumínio Chevrolet, iluminação interna de assoalho dianteiro em LED, iluminação externa nos estribos laterais integrados e subwoofer JBL.
Gostou do conteúdo? Quer saber mais? Então acompanhe a Nakata nas redes sociais como Instagram, YouTube e Facebook!
Texto por: Alexandre Akashi