Injeção eletrônica em motos: dicas de diagnósticos
No universo automotivo, a injeção eletrônica separou o joio do trigo no desenvolvimento de motores. A necessidade de carros menos poluentes e consequentemente mais eficientes transformou a rotina de muitas pessoas. Nas motocicletas, essa é uma realidade um pouco mais recente, se comparada com os automóveis. Enquanto as montadoras de carros aboliram o carburador na década de 1990, somente 20 anos depois as fabricantes de motos passaram a usar computadores no gerenciamento da injeção de combustível.
O lado bom da demora é que as motos injetadas já surgem com uma tecnologia bastante robusta e consolidada. Apesar de nos últimos 15 anos os componentes eletrônicos terem evoluído exponencialmente, e a capacidade de processamento de dados das centrais eletrônicas aumentado de forma sensacional, mesmo as primeiras motos injetadas são bastante sofisticadas.
Nas motos de baixa cilindrada, com um único cilindro, o sistema de injeção eletrônica é simples. Além da ECU (Unidade de Controle Eletrônico), há alguns poucos sensores e atuadores, como sensor de oxigênio, sensor de temperatura do ar e do motor, sensor de posição do acelerador, sensor de pressão do coletor de admissão, sensor de posição do virabrequim, sensor de rotação do motor, e atuador da marcha lenta, além, claro, do bico injetor.
Todos esses sensores convertem as leituras em valores que são enviados para a central eletrônica, que por sua vez determina a quantidade de combustível a ser injetado pelo bico, e o momento certo da vela produzir a centelha necessária para a queima do combustível.
Cada sensor tem um valor específico de trabalho ideal, com tolerâncias que estão cada vez menores e mais precisos, e isso faz com que os motores necessitem de condições cada vez mais ideais para funcionar. Em outras palavras, caso a leitura de um sensor seja além ou aquém dos limites tolerados, o motor simplesmente não dá partida pois o módulo eletrônico entende que há algo fora do normal.
Neste sentido, é importante ficar atento e saber ler os valores dos sensores, pois em alguns casos o defeito pode não estar no sensor, mas no sistema que ele mede. Portanto, é preciso saber testar o componente para saber se ele está funcionando direito ou não, antes mesmo de pensar em substituí-lo.
A adoção de sistemas eletrônicos implica ainda na utilização de equipamentos especiais capazes de ler os dados recebidos pela central eletrônica, chamados de scanner. Além de ler, os scanners têm a capacidade de identificar os sistemas que não estão funcionando corretamente e também apagar as luzes de advertências que podem acender no painel da moto.
Apesar de ser uma ferramenta importante, nem sempre o scanner indica o real defeito do sistema de injeção, mas sim orienta para onde deve ser verificado primeiramente.
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