Como gastar menos na hora da manutenção da moto
Cuidar da moto é uma questão de necessidade. Enquanto ela está na garantia, a recomendação é que se faça as manutenções numa concessionária. Depois, porém, nem sempre essa é a opção mais econômica. Por isso, separamos dicas sobre como economizar, com segurança, na hora da manutenção da moto.
Por falar em economia, há algumas ações que o motociclista pode tomar para gastar menos na hora da manutenção. Tite Simões, instrutor de pilotagem da Abtrans, explica que é possível reduzir o consumo de pneus ao mantê-los sempre calibrados. “Rodas alinhadas e balanceadas também ajudam a economizar pneus”, comenta Simões.
Um dos itens de desgaste natural bastante importante nas motocicletas é o conjunto de transmissão, formado por coroa e pinhão. Segundo Simões, essas peças acumulam, com o tempo, óleo e areia ou terra, resultando em uma pasta abrasiva. “É sempre recomendável limpar o conjunto, com querosene, para eliminar essa pasta abrasiva, e depois lubrificar bem. Isso aumenta a vida útil dos componentes”, explica o especialista.
No caso dos freios, a dica de Simões é ficar atento ao nível do fluido no reservatório. “Caso o nível abaixe, significa que as pastilhas estão gastas e devem ser substituídas”, explica ao comentar que muitos motociclistas completam o nível de fluido erroneamente. “Não se deve completar o nível, mas, sim, trocar as pastilhas”, reforça o especialista.
Já nos freios traseiros, a maioria das motocicletas populares é a tambor, que podem ser regulados conforme há desgaste. “Tem hora que não pega mais regulagem, então chegou o momento de trocar as pastilhas”, explica Simões.
Motor
Atualmente, a grande maioria das motocicletas comercializadas no Brasil possuem injeção eletrônica de combustível, o que facilita bastante na hora da manutenção, e também ajuda a economizar em consumo e peças.
No entanto, Simões chama atenção para a necessidade de verificar constantemente o filtro de ar e fazer a troca de acordo com o manual do proprietário, pois filtros sujos forçam o motor que passa a consumir mais combustível.
Já o filtro de combustível, Simões explica que as motos modernas, injetadas, têm dispensado esse componente, porém as carburadas, não. Assim, é recomendado verificação e troca preventiva desse componente.
Outro item que Simões pede atenção é a troca de óleo do motor. Segundo o especialista, muitos motociclistas ainda se confundem nos prazos de troca do óleo. “Há um mito de que o óleo do motor deve ser trocado a cada 1000 quilômetros, o que é um erro, uma lenda urbana”, afirma Simões ao explicar que, apenas a primeira troca deve ser realizada com 1.000 quilômetros, as demais, devem ser feitas de acordo com o manual do proprietário, que pode variar dependendo do modelo.
“Antigamente, as motos saiam de fábrica com a necessidade de amaciar o motor, no caso de haver alguma falha de usinagem, ou pequenos detalhes de usinagem que acabavam indo para no óleo lubrificante, e ficava depositado no fundo do Cárter”, explica Simões. “Hoje em dia isso é raro de acontecer, praticamente não acontece mais, mas mantiveram a cultura da primeira troca aos 1000 quilômetros, e muitos motociclistas acham que o correto é trocar nesse intervalo”, afirma.
Simões explica que o importante é verificar o nível do óleo. “Tem gente que roda milhares de quilômetros e não olha. Tem de olhar a cada 1000 quilômetros, pois o óleo é um líquido e como todo líquido ele aquece, funde e evapora, tanto que a cada 1000 quilômetros há um consumo de 50 a 100 ml”, comenta Simões ao explicar que o correto é completar o nível, caso esteja abaixo do nível mínimo, e depois efetuar a troca de acordo com o manual.
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