Injeção eletrônica: entenda a função desse sistema

Muitos proprietários conhecem pouco sobre os seus veículos. Afinal, o conhecimento técnico de mecânica, envolvendo sistema de injeção eletrônica, motor e pressão de combustível, não é algo que venha com a compra de um automóvel. Além disso, é importante que quem realiza tais serviços mantenha seus conhecimentos atualizados a fim de proporcionar satisfação aos clientes.
Pensando em ajudar, elaboramos um conteúdo especial sobre o sistema de injeção. Como você notará durante a leitura, estamos falando de um conjunto fundamental para o funcionamento do motor, além de ser um tema muito importante para aqueles que pretendem economizar combustível e colaborar com a redução da poluição do ar. Gostou? Então vamos em frente!
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Qual o conceito e o trabalho da injeção?
Assim como outros tópicos da engenharia, o sistema de injeção tem um nome bastante sugestivo. Basicamente, é o elemento responsável por injetar o combustível no interior da câmara de combustão.
Por conta disso, é possível entender a importância dessa tecnologia, que opera diretamente na alimentação energética do motor. Faz o controle da quantidade da mistura necessário para a queima, resultando na geração de movimento e torque.
Em um segundo momento, também é importante entender que a injeção eletrônica não foi a primeira solução para esse desafio de engenharia. Afinal de contas, os carros mais antigos usavam peças como o carburador, que tinha uma solução bem menos sofisticada para dosar o combustível nas câmaras.
Com a popularização da eletrônica, isso mudou. Os carros equipados com esse recurso passaram a contar com uma injeção muito mais precisa, capaz de fornecer apenas a quantidade necessária para atender à demanda de potência solicitada pelo condutor. Mesmo nesse sistema, existem suas divisões. A seguir, falamos sobre elas.
Injeção indireta
Inicialmente, esse foi o sistema responsável por aposentar os carburadores, que não conseguiam se adequar às novas exigências (dos clientes e governos) para a redução do consumo de combustível e combate à poluição. Nesse sentido, existem duas grandes características que definem a injeção eletrônica indireta: a primeira é o fato de ter um controle eletrônico.
Essa unidade, conhecida como “módulo”, é responsável por recolher e processar um grande número de informações, desde a temperatura do ar até o movimento do acelerador. O objetivo é gerenciar a quantidade necessária de combustível que deverá ser injetado a cada momento.
Isso também acontecia com o carburador, mas, na ausência da eletrônica, era utilizada uma série de outras soluções mecânicas para realizar essa dosagem. Como é possível imaginar, o resultado era muito menos preciso, por isso que os veículos antigos gastavam e poluíam bem mais.
Já a segunda característica da injeção indireta faz referência ao seu nome, destacando a posição em que o combustível é disparado. Nesse sistema, o fluido é injetado antes do cilindro, ainda no sistema de admissão do ar. Sendo assim, é um conjunto eficiente e bastante simples.
Injeção direta
Para superar alguma limitações do sistema indireto foi introduzido nos veículos o sistema direto. Sua grande vantagem é injetar o combustível diretamente no interior da câmara de combustão, dentro dos cilindros. Por conta disso, esse é o método que garante a maior eficiência energética, quando comparado aos carburadores e injeções indiretas.
De uma forma resumida, essa maior eficiência é o resultado de três fatores: o primeiro deles é a relação entre o tempo e a distância que deve ser percorrida até o combustível chegar às câmaras e entrar em combustão. Na injeção direta esse problema não existe.
Já o segundo motivo é um complemento do primeiro: o local da injeção. Ao disparar no interior da câmara, o combustível tem um melhor índice de aproveitamento, consumido praticamente em sua totalidade durante o processo de combustão.
Por último, destacamos a otimização do sistema de spray: método de pulverização com que os bicos injetores disparam o combustível. No fim das contas, todos esses fatores se somam para entregar muito mais potência com economia.
Injeção direta e indireta
Por último, ainda existem alguns veículos mais caros e sofisticados com um sistema duplo de injeção eletrônica (direto e indireto), que atua ao mesmo tempo. Apesar da grande complexidade, essa solução permite unir as vantagens das duas tecnologias, proporcionando a melhor relação entre baixo consumo, alta potência e mínima emissão de poluentes.
Qual a importância dessa tecnologia?
Ainda que a economia seja o principal benefício para o dono do veículo, vale lembrar que essa tecnologia também é importante em outros pontos. Quem já dirigiu carros com carburador e injeção eletrônica notou a diferença. Com a alimentação de combustível bem controlada, o motor apresenta um desempenho mais elástico e ágil, rendendo melhor em baixas rotações e oferecendo uma boa reação para o motorista.
Outro ponto importante é a agilidade durante a partida do carro. Nos veículos carburados essa questão era sempre problemática, principalmente nos dias frios. A eletrônica acabou com essa dificuldade, garantindo um arranque quase sempre imediato.
Por último, temos as vantagens para o meio ambiente. Motores com injeção são muito melhores para o planeta, tanto pela economia de combustível quanto pela redução da emissão de gases nocivos à atmosfera.
Quais os sinais de que o sistema de injeção eletrônica está com problemas?
Agora que você já conhece um pouco mais sobre o sistema de injeção eletrônica, é hora de entender quando o veículo pode estar dando sinais de que existe algo de errado nessa parte do seu automóvel. Veja, a seguir, os indícios mais frequentes.
Carro morrendo
Quando há falhas na injeção, o veículo não recebe um suprimento regular de combustível. Isso faz com que a RPM (Rotação Por Minuto) caia abaixo dos níveis necessários para o pleno funcionamento, deixando a marcha lenta irregular e até perigosa.
Caso o RPM caia demais, o automóvel acaba morrendo e é necessário religar todo o sistema. Vale observar se nesse momento o carro chacoalha ou há alguma vibração fora do normal. Se isso ocorrer, certamente há variações bruscas, indicando um problema na injeção.
Luz de injeção eletrônica acesa
Um dos sinais mais claros de que há algo errado nesse sistema do veículo é quanto a luz da injeção está acesa ou piscando continuamente. Apesar de vários problemas terem potencial para acionar esse recurso, é provável que esteja relacionado com algum problema na injeção eletrônica.
Mas a identificação correta da fonte do problema só pode ser feita com equipamento específico em uma oficina especializada. Assim, vale investir em equipamentos que auxiliem você a compreender quais são as dificuldades dos veículos dos clientes.
Vazamento de combustível
Outro indício importante de problemas na injeção se refere ao vazamento de combustível. Quando essa estrutura está danificada ou quebrada, é possível que haja vazamentos e cheiro forte próximo ao veículo.
Na prática, a gasolina não chega até os bicos injetores e acaba se perdendo pelo corpo do sistema. Caso você verifique qualquer indício de vazamento ao observar os equipamentos de injeção, vale averiguar com mais cautela e fazer testes no sistema de injeção eletrônica para descobrir se o problema está nele.
Quais as falhas mais comuns?
Entender quais são as falhas mais comuns em um sistema de injeção eletrônica é um passo importante para corrigir cada uma delas. Nesse sentido, há alguns problemas que são recorrentes.
Falhas no motor
Esse é um dos principais problemas relacionados à injeção eletrônica. Quando há alguma falha nesse sistema, não se consegue fazer a combustão para ligar o automóvel. Assim, é preciso investigar mais a fundo a questão.
Em geral, a dificuldade de ligar o carro pode ser associada a algum fio solto na ignição, defeitos na parte elétrica ou sujeiras nos bicos injetores. É importante analisar com cautela para entender qual é a real causa e, desse modo, dar andamento com o ajuste necessário para resolver o problema.
Com um bom equipamento, é possível fazer vários testes a fim de entender melhor qual é a real causa. Portanto, vale a pena investir em ferramentas que facilitem o trabalho e permitam o diagnóstico adequado.
Falhas nos sensores
Outra possibilidade de falha é relacionada aos sensores. Por exemplo, caso um deles esteja com mau contato dos plugues, pode acontecer falhas e, consequentemente, prejudicar o funcionamento do sistema de injeção eletrônica.
Os sensores verificam a pressão de combustível, assim como temperatura, velocidade, posição do acelerador entre outros.
Em geral, os automóveis que contam com luzes de alerta costumam acusar quando o problema é esse. Portanto, caso acenda um sinal no painel, essa pode ser a adversidade que está sendo procurada.
Além disso, uma possibilidade para encontrar o problema e conseguir dar andamento com o serviço é contar com um Scanner Automotivo. Esse equipamento pode trazer eficiência e agilidade para efetuar a manutenção e satisfazer os consumidores.
Como fazer sua manutenção de maneira correta?
Os principais fabricantes indicam que a revisão do sistema de injeção eletrônica deve ser feita, em média, a cada 40 mil quilômetros. Se o veículo rodar muito pouco, é bom realizar uma checagem preventiva uma vez por ano. O proprietário também deve ficar atento a alguns sintomas que podem ser indicativos de problemas.
As situações mais comuns são o aumento do consumo, a perda de desempenho, os engasgos durante as acelerações, a dificuldade de partida ou quando a luz do painel acende, indicando que algo sério está acontecendo. Geralmente, essa luz é amarela com o desenho de um motor.
Um serviço mecânico de qualidade é fundamental para fazer a manutenção do sistema de injeção eletrônica. Afinal, essa é uma parte crucial para a eficiência do veículo, e descuidar dela pode ocasionar uma série de prejuízos ao motor e pressão de combustível.
Você gostou deste artigo sobre o sistema de injeção? Então continue com sua visita ao blog e descubra como a evolução da tecnologia de injeção eletrônica está gerando novas oportunidades para as oficinas!