Sistema de freio a disco: como ele é composto e dicas de manutenção
Que um sistema de freio funcionando bem é crucial para o motorista, os passageiros e até os outros carros, todo mundo sabe. Para os mecânicos, vale muito a pena também conhecer as particularidades de cada modelo para não decepcionar os clientes.
É o caso do sistema de freio a disco, que tem uma reação rápida ao acionamento e é uma ótima opção para quem dirige por vias movimentadas. Contudo, apesar da sua eficiência, ele não é imune a problemas e desgastes. Por isso, preparamos este post para falar mais sobre esse modelo e dar algumas dicas de manutenção. Boa leitura!
O que mecânicos precisam saber sobre o sistema de freio a disco?
De modo geral, o freio a disco é considerado mais completo e eficiente em relação ao seu “rival”, o freio a tambor. Um dos motivos é que o sistema a disco tem uma condição de ventilação superior.
Por isso, ele se torna mais resistente ao fenômeno conhecido como fading, quando os freios perdem eficiência por conta das altas temperaturas de funcionamento. Em português, o termo pode ser traduzido como “enfraquecimento”, o que ilustra bem o desgaste causado por essa situação.
Além disso, o freio a disco não sofre perda significativa de desempenho quando fica molhado, nem precisa de ajustes ao longo do uso em um mesmo veículo. No entanto, ele é mais caro e mais suscetível a se desgastar quando a qualidade da peça não é complementada por pastilhas de bom nível.
Outro diferencial do freio a disco é o seu menor tempo de resposta. Em emergências, suas pinças são capazes de tocar os discos muito mais rápido que o freio a tambor, por exemplo. Isso reduz o espaço de frenagem do carro.
Já no sistema a tambor, as sapatas de freio demoram um pouco mais para gerar o atrito necessário. Isso traz diversas consequências ao comportamento do veículo, como a resposta mais lenta a frenagens rápidas.
Historicamente, os freios a disco são mais utilizados nas rodas dianteiras. Contudo, no veículos de topo de linha também é comum encontrá-los na parte traseira, o que faz toda a diferença nas frenagens abruptas, quando o motorista precisa acionar os pedais rapidamente.
Componentes do sistema
O sistema de freio híbrido, a disco na dianteira e tambor na traseira, muito comum na frota nacional, é composto pelos seguintes componentes:
● pedal de acionamento;
● servo freio;
● cilindro-mestre;
● fluído;
● cilindros de roda;
● sapatas
● mangueiras flexíveis;
● Tubos de aço
● pastilhas;
● pinça;
● discos;
● tambores.
Quais são os problemas mais comuns do sistema de freio a disco?
O principal problema em um sistema desse tipo é o desgaste, tanto da pastilha quanto do disco que reduz a eficiência do sistema. Quando sua vida útil está acabando, ele mostra sinais de espessura comprometida, mas nem sempre um motorista leigo consegue visualizar isso.
Por isso, esse trabalho é essencial para o mecânico, que poderá notar essa diferença durante uma inspeção técnica. Além disso, podemos citar outros problemas que ajudarão os profissionais na manutenção desse sistema.
Barulho
O sistema de freio a disco costuma ser bastante silencioso, mesmo nas pisadas mais fortes. Contudo, um sinal de que a sua vida útil está terminando é a ocorrência de ruídos altos e metálicos. Isso porque o que ocorre é justamente um atrito entre os metais, que sinaliza um desgaste e a necessidade de revisão e troca.
Contudo, nem sempre qualquer ruído significa problema no disco. Quando o mecânico acabou de trocar a pastilha de freio, por exemplo, é comum que ocorra um barulho até que a peça se assente, se “acostume” ao sistema.
Vibrações
Outro problema que pode ocorrer é vibração ao acionar o freio, geralmente causado por empeno do disco.
Luz no painel
Isso é básico, caso a luz da frenagem não se apague após o carro ser ligado, é preciso procurar um profissional. Na pressa de sair com o veículo, muitos motoristas acabam nem olhando esse item no painel — apenas o nível de gasolina.
Alteração no pedal
O pedal endurecido, que gera uma exigência de força excessiva por parte do motorista para funcionar, é outra alteração que deve ser observada. A pressão necessária deve ser equilibrada: nem muito agressiva, nem muito suave.
Novamente, esse problema pode ter algo a ver com a qualidade do material utilizado nas pastilhas de freio ou problemas no serve freio. Quando identificar essa falha, verifique as condições do material de atrito, assim como do servo freio.
Caso seja confirmado o desgaste ou a peça que o cliente estiver utilizando seja de uma marca pouco conhecida ou de baixa reputação no mercado, não tem jeito: é preciso trocar.
Também pode ocorrer o inverso: em vez de parecer muito duro para o motorista, o freio pode estar muito suave — fazendo com que os pés tenham que ir cada vez mais fundo nos pedais. Nesse caso de pisadas mais fundas, é bem provável que tenha algum problema no sistema hidráulico como vazamento, ar ou vazamento interno no cilindro mestre.
Quilometragem rodada
Assim como qualquer componente de um veículo, o sistema de freio a disco também precisa ser revisado periodicamente. Afinal, ele também tem vida útil, mesmo com peças de alto nível. Por isso, solicite o manual do proprietário para descobrir a quilometragem mais indicada para que o sistema de freio a disco possa ser avaliado como um todo.
O manual do proprietário não só indica a quilometragem necessária, como também é comum encontrar nesses documentos informações sobre os periféricos e dicas de substituição.
Como pudemos ver no artigo, o sistema de freio a disco costuma estar presente na dianteira dos veículos de passeio. Em modelos mais caros, também é comum encontrá-lo no eixo traseiro. Apesar do alto nível dessa opção, superior ao freio de tambor em muitos pontos, ele também precisa de mecânicos de confiança para se manter confiável para o motorista.