O sistema de freios é uma parte fundamental para o funcionamento, o rendimento e a segurança do carro. A função dele é dissipar a energia cinética do automóvel, reduzindo a velocidade ou parando-o. E ao realizar a manutenção do mesmo, é importante saber como sangrar freio para evitar maiores dores de cabeça.
Quando sentimos que o pedal do freio está baixando ao ser acionado ou pouco eficiente, normalmente imaginamos que o problema está nas pastilhas ou lonas, mas isso pode ser indício da contaminação do fluido, vazamento ou existência de bolhas no sistema hidráulico. Estando o sistema isento de vazamento é preciso substituir o fluido do freio e fazer a sangria. Você sabe como sangrar freio?
Esse é um dos serviços que você e seus funcionários devem saber fazer corretamente na sua oficina justamente por se tratar de um problema comum. Preparamos um passo a passo completo sobre o assunto para veículos sem ABS. Confira!
1. Retire as rodas
É preciso que o carro esteja suspenso durante todas as etapas para fazer a sangria. Utilize a plataforma de elevação para remover os pneus. Caso você não tenha esse equipamento na oficina, é possível utilizar um cavalete ou outra forma de manter o carro elevado com segurança.
Aproveite que o carro está elevado para verificar o estado das
pastilhas, lonas e dos
tambores e
discos do freio.
2. Nível do fluido
Procure um reservatório transparente, que fica bem próximo ao cilindro-mestre do freio. Analise o nível do fluido e, se for necessário, preencha até a marcação indicada. Utilize apenas o tipo do fluido indicado pela montadora. Você encontrará essa informação no manual do modelo. Caso você tenha o equipamento para auxiliar na sangria do sistema de freio essa tarefa pode ser feita por apenas um professional, caso contrário vai precisar do auxílio de outra pessoa para acionar o pedal do freio.
. 3 Acesso aos parafusos de sangria
Supondo que o equipamento para auxiliar na sangria não esteja disponível, localize os parafusos referentes à sangria que estão junto aos cilindros e pinças, avise o auxiliar para comprimir o pedal do freio, solte o parafuso com cuidado e torne a apertar. O pedal do freio vai descer e o fluido sairá pelo sangrador (
Atenção: utilize uma mangueira transparente e um reservatório para coletar o fluido que está sendo substituído, no final da sangria esse fluido deve ser descartado adequadamente). Avise o auxiliar para bombear o pedal do freio até sentir que ele voltou a subir. Ficar atento ao nível do fluido no reservatório que vai baixando a medida que a sangria vai acontecendo. ele deve ser abastecido seguidamente. Essa operação deve ser repetida até que note que o novo fluido começou a sair pelo sangrador.
4. Faça a sangria em todas as rodas
Há uma ordem correta para sangrar os freios. Geralmente, o primeiro é o que está mais longe do cilindro-mestre, mas cada montadora tem suas particularidades. Mais uma vez, é fundamental consultar o que recomenda o manual do carro.
5. Evite o retorno de ar no sistema
Para não deixar que o ar volte para o sistema hidráulico, é fundamental sincronizar o fechamento do sangrador no momento que o pedal chega no final do curso, caso contrario pode acontecer retorno do ar para o sistema.
Como já foi dito, jamais descarte o fluido usado em locais impróprios, o descarte deve seguir as recomendações do fabricante do fluido ou de acordo com as normas ambientais vigentes
6. Repita o processo e verifique o correto aperto dos sangradores
É importante repetir o processo em todas as rodas (cilindro). Em cada uma das vezes, observe bem se não há bolhas de ar sempre que o fluido passar pelo tubo.
Ao finalizar o processo de sangria em todo o sistema, certifique que todos os sangradores estão apertados e recoloque as rodas.
7. Acompanhe o resultado sobre a resistência do pedal
Com o motor ligado, pise suavemente no pedal do freio e sinta se há resistência ou se ainda está baixando. Se o pedal continuar baixando o problema pode estar no cilindro mestre.
Agora que você já sabe como sangrar o freio, não deixe de incluir a substituição do fluido do freio nas revisões da sua oficina, seguindo sempre o prazo recomendado pela montadora do veículo e, caso tenha funcionários, oriente-os a fazer o mesmo. Esse procedimento é fundamental para manter a segurança do motorista, o rendimento e o funcionamento correto do automóvel.
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