Sensores de gases: modelos, tecnologias e funcionamento
Os sensores de gases são componentes fundamentais para o pleno funcionamento do motor automotivo, sendo responsáveis por diminuir a emissão de poluentes e o consumo de combustível do veículo. Um automóvel conta com diversos sensores para medir as concentrações dos diferentes tipos de gases, contribuindo para uma condução mais segura e sustentável.
Conhecer os modelos e como funcionam os sensores de gases é imprescindível para saber identificar falhas no motor, evitando riscos de paradas inesperadas. Quer saber sobre o assunto? Neste post, vamos abordar os tipos e funções dessa peça tão importante para o seu carro. Confira!
Sensor de oxigênio
Também conhecido como sonda lambda, o sensor de oxigênio faz parte do sistema de exaustão, tendo como finalidade verificar a quantidade de oxigênio presente nos gases de escape.
Ele ajuda a controlar a mistura de ar-combustível que entra no motor, checando se ela está muito rica, com muito combustível, ou muito pobre, com pouco combustível, gerando informações fundamentais para o gerenciamento do motor. A partir desses dados, a mistura ar-combustível é ajustada, otimizando o desempenho do motor, reduzindo a emissão de poluentes.
A sonda lambda pode ser encontrada em dois modelos, o de banda estreita, cuja função é medir a mistura entre ar e combustível, e o de banda larga, mais moderno, que faz uma medição em uma faixa mais ampla, o que significa que produz respostas mais precisas.
Sensor de gases de escape
Fixado no sistema de exaustão, o sensor de gases de escape monitora e mede os gases produzidos pelo motor no processo de combustão. Por meio dele é possível identificar se os níveis de fluidos poluentes, como óxidos de nitrogênio, monóxido de carbono e hidrocarbonetos, estão em conformidade com as regulamentações ambientais, além de ajustar a mistura ar-combustível.
Entre os principais modelos deste componente estão o sensor de NOx, que utiliza a tecnologia eletroquímica para detectar e medir gases, e o infravermelho (IR), que usa radiação infravermelha para reconhecer a presença de determinados gases, como metano e dióxido de carbono.
Sensor de detonação
Em uma ladeira íngreme, se o carro estiver com a marcha errada, caso a mistura ar-combustível não esteja adequada, o motor pode começar a detonar devido a sobre carga do motor, o que causa vibrações e sons de batida. Nesse sentido, o sensor de detonação, ou knock sensor, é imprescindível para identificar falhas na combustão.
Essa peça emite sinais para o sistema de controle do motor, que ajusta a ignição e a mistura entre ar e combustível, impedindo a detonação e danos ao motor, como desgastes excessivos, perda de potência e quebra de componentes.
O modelo mais comum de sensor de detonação é o piezoelétrico, que produz uma pequena corrente elétrica quando submetido a vibrações, identificando rapidamente as mudanças desencadeadas pela detonação.
Outra versão disponível é a que se baseia em resistência elétrica, que muda diante de alterações de pressão ou vibrações. Ela pode ser menos sensível que o sensor de piezoelétrico, mas também demonstra eficácia na hora de detectar batidas.
Sensor de pressão absoluta do coletor de admissão (MAP – Manifold Absolute Pressure)
O sensor MAP cumpre o papel de medir a pressão absoluta do coletor de admissão, fornecendo informações sobre a quantidade de ar que está sendo aspirada pelo motor, para determinar o volume de combustível que deve ser injetado no motor.
Ele tem um diafragma sensível à pressão de ar, que se move conforme ela se modifica, causando alteração na resistência elétrica ou a tensão do sensor, convertida em sinal elétrico enviado para o gerenciamento do motor.
Os automóveis podem ser equipados com o sensor MAP de variação de resistência, que funciona conforme mencionamos acima, ou com a tecnologia de microprocessador, que disponibiliza uma saída digital mais estável e precisa.
Sensor de pressão do sistema de combustível
Trata-se do sensor que mede a pressão do combustível no sistema de alimentação do motor. Dessa forma, assegura que a pressão esteja dentro do intervalo ideal a eficiência do motor. Para tanto, controla a injeção do fluido e a sua entrega em níveis adequados aos bicos dos injetores.
Há diversas tecnologias que podem ser empregadas nos modelos de sensor de pressão do sistema de combustível, como o dispositivo capacitivo, que verifica a pressão com base na capacitância entre duas placas ou diafragmas de acordo com as variações na pressão do fluido.
Como você pôde perceber, o carro tem diferentes sensores indispensáveis para a manutenção da potência e eficiência do motor em todas as situações em que ele é submetido. Eventuais falhas nesses componentes podem prejudicar a performance do motor, aumentar o consumo de combustível e até mesmo causar aceleração instável. Diante desses sinais, é altamente recomendado buscar o suporte de um mecânico de sua confiança.
Quer saber mais sobre o motor do seu carro? Conheça as principais parte do motor automotivo e suas respectivas funções!