Motores V8: por que esquentam e quais são suas características
O motor é o coração do carro. Alguns deles são tão potentes que se tornam conhecidos pelos seus roncos encorpados, que geram um sentimento diferente na hora de dar a partida no automóvel. Um exemplo são os motores V8, um verdadeiro clássico do universo dos automóveis.
Os motores V8 ficaram eternizados até mesmo em filmes norte-americanos, com os protagonistas acelerando seus muscle cars em rodovias sem fim. Contudo, ele é tão versátil que está presente em modelos esportivos e de alto desempenho, sendo utilizado em Ferraris e Corvettes.
Neste post, falaremos das principais características dos motores V8. Também vamos esclarecer se é mito ou verdade aquela história de que eles superaquecem. Boa leitura!
Potência e desempenho
Um dos motivos pelos quais os motores V8 são amados até hoje é o nível de potência e desempenho que ele proporciona às máquinas. Contudo, não basta apenas ter um desses em seu veículo para que a performance aumente.
Isso porque a potência e o desempenho dependem do escalonamento de marchas do câmbio e diferencial.
Pelo fato de o motor em V ter um espaço otimizado, ele é capaz de acomodar uma maior quantidade de cilindros. É por isso que este tipo de motor é famoso pela sua potência. O V8, como o próprio nome sugere, tem oito cilindros. Embora existam modelos que chegam até os 12, o V8 combina ótimo desempenho com um preço mais acessível.
Configuração em V
A explicação para o nome desse motor é muito simples: ele conta com 8 cilindros, posicionados em diagonal. Essa configuração forma a letra V. Outro detalhe é que são 2 colunas com 4 cilindros localizados em cada uma.
Inclusive, essa disposição já torna o V8 um modelo único de motor. Afinal, a grande maioria dos outros contam com cilindros posicionados em apenas uma única fila, e não em duas colunas.
Porém, qual é a explicação para essa configuração em V? É apenas pela estética? Na verdade, não: o motor em V aloca os cilindros em dois planos diferentes e inclinados, o que forma um ângulo específico. Essa disposição faz com que o V8 seja comum em veículos robustos.
Um detalhe interessante é que a configuração do motor V8 favorece a sua utilização em veículos de grande porte, mas também em utilitários médios, leves e pesados. É possível encontrá-lo até em embarcações náuticas.
Torque
Nesse ponto, temos outro destaque, que mostra que a configuração em V não é apenas uma escolha estética das montadoras. Por conta do maior número de cilindros, os motores da família V conseguem oferecer uma quantidade impressionante de torque.
Isso, associado ao nível geral de potência, resulta em uma aceleração rápida e maior velocidade máxima. Não à toa, o V8 é bem comum na indústria esportiva e de alto desempenho, já que ele promove toda a capacidade de torque, potência e adrenalina para quem ama aventura.
Som do motor
Um motor V8 é instantaneamente reconhecido pelos amantes de carros pelo som que produz, um ronco grave gerado pelos oito cilindros trabalhando em conjunto.
No YouTube, há diversos vídeos de proprietários registrando o famoso “ronco do V8”, em vários modelos. Esse som característico é até mesmo um fator que une a comunidade de proprietários de veículos com motores V8.
A fama de “motor que esquenta demais”
Como um amante de carros e interessado no universo automotivo, você provavelmente já escutou a história de que “os V8 esquentam demais”. Afinal, isso é mito, pura verdade ou há um meio-termo entre essas crenças? Vamos analisar.
Os motores V8 já eram muito comuns na configuração de veículos antigos. Esses carros trabalham com uma ventoinha mecânica, um componente destinado a otimizar o fluxo de ar dentro da máquina. Assim, há um melhor nível de ventilação, essencial para chegar ao radiador e mantê-lo na temperatura adequada.
Quando não há uma boa circulação de ar, o radiador esquenta — assim como o motor. Ao longo dos anos, os motores V8 foram recebendo atualizações para conter esse efeito. Alguns proprietários substituem as ventoinhas para versões mais modernas, mas nem sempre isso resolve.
Outra boa dica é substituir o radiador do veículo, principalmente se for um modelo antigo, por uma versão de alumínio e com maior capacidade. Isso porque esse material é melhor para realizar a troca de calor, resultando em uma temperatura mais equilibrada no motor.
Um cuidado importante é evitar expor o radiador à água “comum”, isto é, sem aditivos. Isso porque a água pode causar uma contaminação geral, que compromete o bom funcionamento não só do radiador, mas da válvula termostática, das mangueiras, da bomba d’água e outras peças.
A água utilizada no sistema de arrefecimento do carro, também chamada de “água do radiador”, deve ser desmineralizada ou destilada. Assim, você evita danos e garante o funcionamento adequado do sistema.
Caso você esteja conduzindo o seu veículo e notar que há vapor saindo do capô, pare o carro imediatamente. Continuar dirigindo causará danos maiores no motor, como a queima nos cabeçotes ou até danos nos pistões, que não poderá ser revertido.
Como você viu no artigo, os motores V8 são inesquecíveis — até porque são utilizados até hoje em carros modernos e nos lançamentos mais recentes, mesmo que muitas vezes sejam associados a automóveis antigos. Eles se distinguem pela quantidade de cilindros, pela configuração em V e pela ótima potência e desempenho.
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