Citroën C3 volta a ser um carro popular
O novo Citroën C3 está completamente diferente da versão antiga, tanto por fora quanto por dentro, e principalmente na essência, graças ao modelo de negócios da Stellantis, grupo automotivo que conta com marcas como Fiat, Jeep, Chrysler, Dodge, RAM, Abarth e também as duas marcas que eram da PSA: Peugeot e Citroën.
As linhas arredondadas do antigo C3 deram lugar ao design quadrado, e o acabamento interno perdeu o status Premium, que durante alguns anos a Citroën se esforçou, e muito, para emplacar. A única característica que ficou foi o motor 1.6l 16V e o câmbio automático de seis marchas, conjunto extremamente confiável e robusto.
Avaliamos a versão topo de linha do novo C3, a Feel Pack 1.6 AT, que se destaca das demais pelo câmbio automático de seis marchas, com opção de trocas sequenciais, modo de condução ECO, rodas de liga leve diamantadas de 15 polegadas, câmera de ré e volante revestido em couro.
Entre os itens de série, destaque para o sistema multimídia com tela de 10 polegadas e espelhamento Android Auto e Apple Car Play sem fio, volante com comandos do sistema de som e Bluetooth e chave telecomando.
Design
Nesta nova fase do C3 o modelo deixou o requinte sofisticado de lado para se tornar um carro jovial, descolado, e tentar atrair o público mais criativo e que almeja versatilidade e também um toque de SUV ou simplesmente uma atitude SUV: visual que transmite robustez e força sem agressividade, com linhas verticais e vincos pronunciados ao longo de toda a carroceria.
Na dianteira, o para-choque conta com parte central na cor preta para proteger o veículo de pequenos contatos no dia a dia e, abaixo dos faróis, luzes auxiliares de neblina, que podem receber molduras embelezadoras.
Nas laterais, o modelo carrega signos da atitude SUV como as exclusivas barras de teto longitudinais, e os vincos que saem das extremidades da carroceria e levam o olhar em direção ao centro do modelo.
Já na traseira, o novo C3 apresenta lanternas que se integram às linhas do veículo enquanto carregam identidade visual exclusiva, que o destaca nas ruas de dia ou de noite. O para-choque com um amplo elemento preto na parte inferior une proteção reforçada, estilo e praticidade, ocultando sujeiras acumuladas do dia a dia.
Interior
O interior do novo C3 é amplo e espaçoso, graças aos 2,54 metros de entre-eixos, que é bastante interessante ao considerar que o carro tem apenas 3,98 metros de comprimento. A posição de dirigir é elevada, como em um SUV. No entanto, a ausência de regulagem de profundidade do volante fez falta na hora de encontrar a posição ideal para dirigir. Além disso, os bancos não são muito confortáveis e viagens de longa distância se tornam cansativas.
Já a nova central multimídia, batizada pela marca de Citroën Connect Touchscreen 10”, reúne em uma interface simples e intuitiva os comandos de configuração, rádio, bluetooth e integração com smartphones. Com ela, qualquer um que estiver dentro do C3 pode usar o Android Auto ou Apple Carplay de forma wireless, sem a necessidade de fios, bastando ter um smartphone compatível com a tecnologia.
O banco traseiro traz cinto de três pontos retrátil e encosto de cabeça em todas as posições, fixação para cadeirinhas no padrão Isofix/Latch, e porta-malas de 315 litros de volume pelo padrão VDA (367 litros no volume total líquido).
Ao volante
Avaliamos o novo C3 em uma viagem longa, e ao todo rodamos mais de 1500 km com o veículo. A primeira impressão foi a simplicidade do painel de instrumentos, totalmente digital, monocromático, monótono, com um grande velocímetro no centro, indicador de marcha no canto superior direito (P,N, D, e R), que quando em Drive parece mais o símbolo de temperatura (°), computador de bordo, nível de combustível e temperatura do motor.
O motor 1.6 16V EC5 é flex, com 120/113 cv a 6.000 rpm(etanol/gasolina) e 15,7/15,4 kgfm de torque máximo (e/g), e conta comando de válvulas de admissão variável em fase. Associado ao câmbio automático de seis com opção de trocas seqüenciais, com modo Eco, mostrou ser bastante econômico. Quando abastecido com gasolina, fez média de 14 km/l na estrada, já com etanol, 11 km/l. Nada mal.
Apesar do bom consumo, o vigor em acelerações e retomadas foram apenas regulares, e a ausência de um conta-giros no painel de instrumentos foi sempre notada, ainda mais na versão mais cara, que tem preço sugerido de R$ 97.790.
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Texto por: Alexandre Akashi