Transdutor de pressão automotiva para diagnósticos

Entenda como fazer diagnóstico do motor com transdutor de pressão!
Considerado um dos dispositivos mais eficazes para verificar o pleno funcionamento do motor, o transdutor de pressão é responsável por converter pressão em pulsos elétricos.
Ele serve para verificar a variação da pressão nos cilindros. A partir dele, é possível analisar todas as oscilações de pressão e não apenas um ponto máximo, bem como abertura e fechamento de válvula e sincronismo de motor.
Atualmente, o transdutor automotivo tem se tornado um importante aliado dos profissionais de mecânica, uma vez que pode ser utilizado para a realização de diferentes tipos de diagnósticos, oferecendo maior praticidade e precisão quando comparado a equipamentos como vacuômetros e manômetros.
Quer saber como esse componente pode facilitar o seu trabalho? Neste post, vamos explicar como o transdutor de pressão pode sinais de falha no motor!
Como instalar o transdutor de pressão?
Para instalar o componente no motor ciclo Otto (a gasolina), a primeira coisa a se fazer é retirar a vela localizada na cabeça do cilindro. Na sequência, basta conectar um adaptador de rosca de vela no transdutor e rosquear no lugar dela.
É recomendado desligar o injetor para impedir que haja injeção de combustível durante o diagnóstico, o que pode danificar o elemento de sensor do transdutor de pressão e comprometer a sua vida útil. Para que não fique centelhando, também é indicado colar uma vela de teste no centelhador.
Como é a variação da curva de pressão dentro do cilindro?
Após conectar o transdutor, é hora de medir a pressão dentro do cilindro com o auxílio do osciloscópio. Na fase de compressão, a pressão aumenta significativamente até chegar a um valor máximo, onde ocorre o Ponto Morto Superior (PMS).
Na fase de expansão, a pressão diminui até chegar no valor da pressão atmosférica. No entanto, em um determinado momento ela pode aumentar novamente devido à abertura da válvula de escape.
Já na fase de escape, a pressão do cilindro se aproxima da pressão atmosférica. Depois, inicia-se a fase de admissão, na qual a pressão cai mais uma vez, alcançando um vácuo. Por fim, todo esse ciclo se repete.
As etapas apresentadas acima representam a anatomia padrão das oscilações da pressão no cilindro. Quando há uma falha no motor, você poderá perceber anormalidades, nesses padrões, como o aumento da pressão em uma fase na qual ela deveria diminuir.
Quais tipos de diagnósticos podem ser feitos com o transdutor de pressão?
O transdutor automotivo permite realizar uma ampla gama de diagnósticos de forma mais rápida e eficiente na identificação de sinais de falha, otimizando o trabalho do mecânico. Descubra, a seguir, quais são eles.
Sincronismo da roda fônica
O sincronismo da roda fônica é um processo essencial para o funcionamento adequado dos sistemas de ignição e injeção eletrônica. Em situações em que a roda fônica está girando em falso, a posição de pico da pressão é alterada.
Se a roda fônica girar em falso em relação ao virabrequim, a posição de pico da pressão não vai mais estar no ponto padrão de cada veículo.
Para fazer essa análise, é imprescindível verificar a posição padrão do automóvel a ser reparado, já que ela pode mudar conforme a fabricante.
Posição de centelha
Na curva de pressão, a centelha inicia alguns graus antes do Ponto Morto Superior. Quando o motor está funcionando corretamente, a pressão dela tende a oscilar perto do PMS, podendo estar antes ou depois.
No entanto, se ela estiver distante, como em 40 graus antes ou depois do PMS, considere isso um posicionamento anormal que indica um defeito mecânico.
Essa reformulação mantém o significado original e deixa a frase mais direta e ativa.
Pressão de compressão
No manual do fabricante de cada automóvel, é possível encontrar a pressão de compressão padrão do veículo. Com base nessa informação, o transdutor pode apontar se esse elemento está ajustado ou não.
Ao observar a curva de pressão, nota-se que a pressão de compressão é o primeiro pulso de maior intensidade durante a partida do motor, atingindo a estabilidade na marcha lenta.
Compare o valor atingido na curva com o dado informado no manual do carro; números incompatíveis podem reduzir a potência do motor ou indicar uma falha na vedação do cilindro.
Junta do cabeçote ‘’queimada’’
Uma junta do cabeçote ‘’queimada’’ pode ocasionar problemas sérios no veículo, como vazamento de óleo ou de refrigerante, mistura entre combustível e refrigerante, e perda de compressão.
Quando uma junta de cabeçote queima pode interligar um cilindro no outro. Assim, quando um está em compressão perde pressão para aquele que está conectado a ele. Desse modo, a torre evidenciada na curva de pressão é simétrica, mas estará mais baixa do que o normal.
Obstrução no escapamento
Conforme já mencionamos, na fase de escape do funcionamento do motor, a pressão não deve passar da pressão atmosférica. Se ela passar, é um indicativo de obstrução do escapamento.
O ideal é que essa análise seja feita durante uma brusca aceleração. A partir daí, é possível notar que a pressão sobe e atinge o seu pico e quando a válvula borboleta se fecha, ela cai e se normaliza rapidamente. Esse é o padrão de um motor que está funcionando corretamente.
Por sua vez, se a pressão demora a cair na curva analisada, é um sinal de que o escapamento está obstruído, tendo em vista que essa condição contribui para o aumento de pressão.
Os dados gerados pelo transdutor de pressão proporcionam um parâmetro valioso para os diagnósticos do motor de carros. Isso porque, você pode fazer uma análise mais detalhada, o que colabora para uma identificação eficiente de problemas.
Inicialmente, esse processo pode parecer complexo, mas conforme o profissional se habitua a usar o dispositivo, ele facilita o trabalho. Dessa forma, você realiza reparos precisos e garante a satisfação de seus clientes.
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